Crédito Agrícola propõe mudança de lei para poder ter novos accionistas

O Crédito Agrícola propôs mudanças à lei para poder ter novos accionistas, convertendo-se numa sociedade anónima. Mas garante que as caixas manterão o controlo.
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Foto: Miguel Baltazar Crédito Agrícola Licínio Pina Foto: Miguel Baltazar Crédito Agrícola Licínio Pina
Maria João Gago 30 de Março de 2017 às 10:42

O Grupo Crédito Agrícola fez uma proposta de alteração do regime jurídico das caixas agrícolas com o objectivo de transformar a sua estrutura de topo em sociedade anónima e poder "ter acesso ao mercado de capitais", revelou Licínio Pina, presidente da instituição, na apresentação de resultados de 2016. 

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Na prática, o que está em causa é a possibilidade de o Grupo Crédito Agrícola poder abrir o seu capital a novos accionistas. No entanto, segundo adiantou Licínio Pina, mesmo que esta abertura venha a acontecer, as caixas agrícolas manterão sempre o controlo. "Se viermos a abrir o capital, só as caixas terão direito de voto", garantiu.

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Aliás, no curto prazo, o gestor não vislumbra uma alteração na estrutura accionista. Para já, "as caixas vão manter o domínio total", frisou.

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Garantida está também, segundo Licínio Pina, a manutenção da estrutura cooperativa do grupo, na medida em que, mesmo que a estrutura de topo venha a ser uma sociedade anónima, as caixas continuarão a ser cooperativas. Este é o modelo de outros grupos agrícolas europeus, caso do Crédit Agricole, em França, e do Pujol Bank, na Finlândia.

 

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O gestor acredita que esta mudança legislativa, proposta ao Banco de Portugal há três meses, possa ser concretizada ainda este ano. "Espero que todo o processo esteja concluído ainda em 2017", sublinhou.

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