Faltam 209 milhões de euros para terminar capitalização do Banif

A realização da terceira fase do processo de capitalização do Banif, anunciada na segunda-feira, reduziu para 209,3 milhões de euros o dinheiro que o banco ainda tem de arrecadar para completar o plano.
Banif Jorge Tomé
Diogo Cavaleiro 06 de Agosto de 2013 às 00:01

A terceira etapa do reforço de capitais a que o banco liderado por Jorge Tomé estava obrigado pelos reguladores corresponde à entrada de novos investidores de referência. Falou-se em 50 milhões de euros, mas a colocação foi de 40,7 milhões de euros.

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"Com esta operação, o capital já subscrito e realizado por investidores privados no âmbito da segunda fase do processo de recapitalização do Banif ascende a 240,7 milhões de euros", resume a instituição financeira no comunicado emitido na segunda-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Faltam 209 milhões de euros para terminar capitalização do Banif
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O Banif acordou um plano de capitalização de 450 milhões de euros. Estando já concluído o aumento de capital na ordem dos 240,7 milhões de euros, ficam a faltar outros 209,3 milhões de euros. Pela frente, há uma operação de troca de obrigações subordinadas em acções e uma colocação internacional. A instituição financeira portuguesa está a negociar com um banco sul-americano esta colocação, conforme já noticiou o Negócios em Junho. O objectivo será o de estabelecer uma parceria com um investidor que, a prazo, assuma parte da participação que o Estado tem no banco, até aqui com cerca de 68% dos direitos de voto. O que terá de esperar é a conclusão do plano de reestruturação, ainda a ser negociado com a Comissão Europeia. O Banif tem de cumprir "remédios" que compensem a injecção de 1,1 mil milhões de euros pelo Estado. O banco conta ter esse plano definido em Outubro.

 

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Os novos accionistas

 

A realização da terceira fase foi "colocada junto de um conjunto de investidores, predominantemente portugueses". A IP Holding, do empresário Ilídio Pinho, injectou 13 milhões de euros, a maior parcela. A fundação com o seu nome adquiriu 2 milhões de euros, perfazendo 15 milhões do investimento do fundador do grupo Colep. Outros empresários, como os madeirenses Avelino Farinha e Estêvão Neves, colocaram dinheiro no banco. Dionísio Pestana, da cadeia de hotéis com o seu apelido, também passa a integrar a estrutura do banco, tal como a brasileira IND.

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