Lucros do Lloyds caem para quase metade

O resultado do banco britânico liderado por António Horta-Osório foi penalizado pelos custos assumidos pela instituição com o reembolso de obrigações no primeiro trimestre. Lucros caíram para quase metade.
Patrícia Abreu 28 de Abril de 2016 às 09:58

O resultado líquido do Lloyds Banking Group recuou para quase metade nos primeiros três meses do ano. Esta quebra dos lucros acontece depois de o banco britânico liderado por António Horta-Osório (na foto) ter avançado com a recompra de mais de três mil milhões de libras em obrigações do banco.

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Os lucros antes de impostos da instituição recuaram de 1,2 mil milhões de libras para 654 milhões no primeiro trimestre do ano, de acordo com o comunicado divulgado pela entidade esta quinta-feira, 28 de Abril.

A instituição liderada por Horta-Osório avançou este ano com a recompra de obrigações, uma operação controversa que permitirá ao banco poupar 900 milhões de libras nos próximos quatro anos e meio. No entanto, este "buyback" resultou num custo inicial de cerca de 800 milhões de libras, avançou a instituição.

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Apesar do reembolso das obrigações no trimestre, as reservas de capital do banco permaneceram estáveis em 13%.

Para Horta-Osório, o Lloyds apresentou "um desempenho financeiro robusto num ambiente operacional desafiante", ao mesmo tempo que a entidade apresentou progressos nas suas iniciativas estratégicas.

A instituição acelerou nos últimos meses planos de corte de custos, prevendo reduzir 6.000 postos de trabalho. Além dos despedimentos, o Lloyds tem ainda levado a cabo um programa de encerramento de agências. O banco tem actualmente 2.100 balcões, depois de ter fechado 150 no âmbito desta estratégia de redução de custos.

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Os títulos do Lloyds afundam 4,19% para as 0,66 libras em Londres.

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