Mediobanca prepara defesa de "OPA hostil" feita pelo banco mais velho do mundo
A administração do Mediobanca vai discutir esta terça-feira a oferta inesperada feita pelo Monte dei Paschi di Siena, o mais velho banco do mundo, para a aquisição da totalidade do banco de investimento italiano, noticia a Reuters citando uma fonte conhecedora do tema.
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O Monte dei Paschi di Siena (MPS), que durante anos foi o problema da banca italiana até ter sido resgatado em 2017 pelo Estado, está a oferecer 23 das suas próprias ações por cada 10 do Mediobanca numa oferta classificada como "hostil" pelo "board" do Mediobanca mas que tem o beneplácito do Governo liderado por Giorgia Meloni.
A oferta de aquisição surge depois de Itália reprivatizar o banco toscano, uma operação que trouxe, em novembro, acionistas como Delfin, a holding do falecido bilionário Leonardo Del Vecchio e do também magnata Francesco Gaetano Caltagirone.
A união dos dois bancos pode oferecer uma rede comercial ao Mediobanca, que era conhecido como um banco de boutique e credor das maiores empresas italianas antes de se mudar para a gestão de fortunas sob a gestão do diretor-executivo Alberto Nagel.
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A contrapartida oferecida traduzia um prémio de 5% face às cotações de fecho das duas instituições financeiras. Contudo, após a oferta ser conhecida esse prémio esfumou-se: as ações do Monte dei Paschi caíram 6,91%, colocando o banco reprivatizado com um valor de bolsa de 8,18 mil milhões de euros, enquanto as do Mediobanca subiram 7,72%, para uma capitalização bolsista de 13,33 mil milhões.
Assim, os termos da oferta representam um desconto de 1,2 mil milhões face ao valor de mercado do banco de investimento.
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