Mourinho Félix e Máximo dos Santos cogitados para o Banco de Portugal
Se as circunstâncias políticas, económicas e financeiras relacionadas com a crise da covid-19 inviabilizarem a passagem direta de Mário Centeno para o Banco de Portugal, a solução pode passar pela nomeação do "seu" secretário de Estado das Finanças para o cargo de governador.
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Ricardo Mourinho Félix, que também é quadro da instituição, é um dos nomes fortes apontados pelo Público na edição desta segunda-feira, 6 de abril. O sucessor de Carlos Costa, que está no cargo desde 2010 - foi reconduzido em 2015 pelo governo de Passos Coelho –, terá de ser escolhido até ao mês de julho.
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Outras das hipóteses que estarão a ser cogitadas nos corredores da política e dos bancos é o de Luís Máximo dos Santos, que foi colega de faculdade de António Costa. É atualmente vice-governador e poderia desta forma subir à cadeira principal da entidade reguladora do setor.
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De acordo com uma sondagem da Intercampus para o Negócios e o CM/CMTV, cujo trabalho de campo decorreu até 19 de março, perto de metade dos portugueses (46,3%) considera que Mário Centeno não deve transitar do Governo para o Banco de Portugal, num contexto de crise económica causada pelo novo coronavírus.
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A 23 de março, após ser chamado a Belém para uma conversa com Marcelo de Rebelo de Sousa que abriu caminho à promulgação do Orçamento do Estado para 2020, o ministro afastou qualquer possibilidade de saída do Governo enquanto a crise em curso persistir, além de procurar reduzir a meros "folhetins" as notícias que indicavam o contrário.
"Ator político" antes da pandemia
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Porém, numa entrevista à Visão há pouco mais de um mês, antes de rebentar a pandemia na Europa, fazia questão de lembrar que "nada nos tratados [restringe] o lugar do governador do banco central àquilo que é o passado enquanto político ou ministro das Finanças ou o que for". E destacava que o cargo não teria necessariamente de ser ocupado por um técnico.
"O governador é um ator político da maior relevância. Conduz as políticas macroprudenciais, as políticas comportamentais, as políticas de supervisão e depois participa na definição da política monetária do BCE. Já viu a quantidade de vezes que eu disse a palavra política?", resumia o ministro das Finanças.
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