Novo Banco vai relançar venda da operação de Cabo Verde
O Novo Banco vai relançar a venda do Banco Internacional de Cabo Verde (BICV) depois de o Banco de Portugal ter decidido chumbar a alienação da instituição a José Veiga que, entretanto, foi detido por suspeitas de corrupção no comércio internacional e branqueamento de capitais, entre outros crimes.
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"O Novo Banco vai continuar a executar os seus trabalhos de reestruturação, onde também se inclui o desinvestimento no BICV", refere o comunicado enviado pela instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha esta quarta-feira, 17 de Fevereiro, às redacções.
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O banco que herdou os activos saudáveis do BES garante que o processo de venda do BICV que levou à assinatura de um contrato promessa de compra e venda com José Veiga, antigo empresário de futebol e que actualmente tem interesses em vários países africanos, foi promovido "de forma ordenada, transparente e de acordo com um modelo competitivo e não discriminatório".
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Por outro lado, sublinha o comunicado, "foram contratados assessores financeiros e legais, contactados quase duas dezenas de potenciais compradores, assinados acordos de confidencialidade e considerada a única proposta obtida, de uma forma diligente e para obter o máximo retorno para o Novo Banco".
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A instituição liderada por Stock da Cunha recorda ainda que o BICV representa apenas 0,2% dos activos do Novo Banco.
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No início deste ano, o banco de transição fechou um acordo de promessa de compra e venda com José Veiga que se propôs pagar 13,8 milhões de euros pelo Novo Banco de Cabo Verde.
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No entanto, já depois da assinatura do contrato, o empresário foi detido por suspeitas de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influência, numa investigação denominada Rota do Atlântico. Este processo terá mesmo levado à apreensão dos 11 milhões de euros que José Veiga teria pago de sinal pela compra do BICV.
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No âmbito do caso Rota do Atlântico, José Veiga está detido, aguardando julgamento. Além do empresário, são ainda arguidos o seu sócio, Paulo Santana Lopes, e a advogada Maria de Jesus Barbosa.
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