Sindicato independente coloca-se ao lado de "nacionalização temporária" do Novo Banco

O SNQTB não quer uma "venda precipitada". É por isso favorável a uma "nacionalização temporária" que permite uma futura alienação em que os colaboradores venham, até, a adquirir o capital.
Diogo Cavaleiro 09 de Janeiro de 2017 às 14:06

Um dos sindicatos independentes da banca, o SNQTB, é favorável a uma "nacionalização temporária" que evite uma "venda precipitada" do Novo Banco. Essa é uma forma de permitir a manutenção dos postos de trabalho e da instituição financeira como um todo. 

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"A agora aventada nacionalização transitória poderá ser um meio adequado para garantir estes objectivos", indica um comunicado disponível no site do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB).

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Os objectivos de que fala o sindicato presidido por Paulo Marcos é um "Novo Banco uno, equilibrado, com compromisso da manutenção dos postos de trabalho e que mantenha o centro de gestão em Portugal, preservando igualmente as atuais estruturas de conhecimento, tecnológicas e comerciais do Banco em proveito da economia portuguesa".

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A nota do SNQTB é publicada numa altura em que vozes do Partido Socialista (como declarou o porta-voz João Galamba ao DN) se mostram favoráveis a uma nacionalização do Novo Banco. Declarações feitas depois de Carlos César, líder parlamentar socialista, classificar ao Expresso as propostas recebidas pelo Banco de Portugal como "vexatórias".

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A Lone Star é, neste momento, a candidata mais bem colocada para ficar com o Novo Banco, mas o SNQTB lembra que a importância do Novo Banco "exige" "que se evite uma venda precipitada ou que este seja desmembrado, o que colocaria em risco não só o banco e os seus colaboradores, mas também o seu papel na economia nacional".

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"Nessa medida, numa futura alienação do Novo Banco, os colaboradores poderão ter direito a adquirir uma parte do capital, reforçando assim o seu envolvimento", indica ainda o SNQTB que, na mesma nota, adianta ter enviado cartas ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, ministro das Finanças e ainda ao governador do Banco de Portugal com essa posição.

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O Banco de Portugal segue as negociações para a alienação da participação do Fundo de Resolução no capital do Novo Banco. A garantia do Estado pedida pelos compradores, que o Governo não está disponível a dar, poderá não avançar mas tal custará uma quebra do preço oferecido. 

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