"Solidez" permitiria distribuir dividendos já, mas BPI espera por "momento oportuno"

O BPI planeava entregar ao CaixaBank, seu acionista único, 117 milhões de euros em dividendos relativos ao exercício de 2019, mas, em contexto de pandemia, suspendeu essa distribuição.
"Solidez" permitiria distribuir dividendos já, mas BPI espera por "momento oportuno"
Rafaela Burd Relvas 03 de Novembro de 2020 às 13:24

O BPI acredita que a "solidez" dos seus rácios de capital lhe permitiria distribuir já os dividendos relativos ao exercício de 2019. Contudo, e perante a pressão do Banco Central Europeu (BCE) para que o setor suspendesse o pagamento de dividendos, o BPI decide adiar essa distribuição para "momento oportuno".

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O banco planeava entregar ao seu acionista único, o banco catalão CaixaBank, 117 milhões de euros referentes ao exercício de 2019. Quando a pandemia começou a alastrar-se pela Europa, a administração do banco decidiu, num primeiro momento, manter esta distribuição, quando outros, como o Santander, já tinham optado pela suspensão.

Contudo, o BCE recomendou que a banca não pagasse dividendos este ano, de forma a que estivesse mais disponível para apoiar a economia, e o BPI acabou por anunciar, em abril, a suspensão da distribuição destes dividendos.

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Para já, ainda está por decidir quando é que essa suspensão será levantada. "Os dividendos estão adiados até momento oportuno e esse momento oportuno será decidido pelo acionista e com o acordo do supervisor", afirmou João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI, na apresentação de resultados trimestrais do banco, que decorreu esta terça-feira, 3 de novembro.

Ainda assim, ressalvou, "seria possível essa mesma distribuição, até pela solidez dos rácios de capital e tendo em conta as características próprias de um acionista único".

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Seja como for, "nao há uma sangria desatada para distribuir dividendos amanhã, mas, quando for oportuno, serão distribuídos", concluiu o banqueiro.

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