Mais do que as auditoras, foram os órgãos internos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que alertaram mais ativamente para os riscos que o banco público estava a correr, designadamente em torno dos empréstimos concedidos para a compra de ações de empresas cotadas em bolsa. Pelo menos desde 2009 que o Conselho Fiscal da Caixa alertava para esta questão, dizendo que apesar do reforço das imparidades específicas determinadas pela CGD para estas operações, a entidade "tem vindo sistematicamente a recomendar a reposição do nível de garantias contratuais, a fim de acautelar a exposição da CGD". Isto num cenário de "desvalorização verificada nas ações dadas como garantia", reforçava a Comissão de Auditoria no relatório de 2011.