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Sabadell sobe a parada contra OPA do BBVA e acena com dividendo extraordinário

O banco espanhol vendeu a filial britânica TSB por 3,1 mil milhões de euros, o que se irá traduzir em 2,5 mil milhões em dividendo extraordinário a distribuir em 2026. Mas, apenas para quem não vender ações, diz presidente.

Sabadell
Sabadell Bloomberg
02 de Julho de 2025 às 14:42

O Banco Sabadell vendeu a sua filial britânica TSB ao rival Santander por 3,1 mil milhões de euros. A venda foi vista com bons olhos pelos acionistas, já que permitiu ao banco, com sede em Valles, Barcelona, aumentar o dividendo a distribuir no próximo ano de 1,3 mil milhões para 3,8 mil milhões de euros.

Mas, em plena OPA (oferta pública de aquisição) hostil por parte do BBVA, o presidente do Sabadell, Josep Oliu, avisa os acionistas: para receber o dividendo extraordinário de 2,5 mil milhões, que deverá começar a ser distribuído pelo banco no início do 2026 quando a venda da TSB ficar concluída, é preciso ser acionista do banco nessa data. 

O objetivo de Oliu é afastar os acionistas de participar na OPA ou mesmo vender as ações no banco espanhol. Num comunicado interno, a que o El Economista teve acesso, o presidente do Sabadell escreveu "é importante saberem que quem vender ou participar da OPA não terá o direito de recebê-lo".

O Sabadell adota assim uma postura defensiva em relação a uma possível aquisição por parte do BBVA, que manteve a oferta de 11 mil milhões de euros pela instituição financeira liderada por Josep Oliu, apesar das duras medidas do Governo espanhol para travar a operação. Uma é, por exemplo, a obrigatoriedade de manter a gestão dos dois bancos separados durante, pelo menos, três anos. 

O aviso do presidente do Sabadell visa tentar atrair os próprios proprietários do banco e convencê-los a continuar a apoiar o negócio sozinhos, ou seja, a evitar participar da OPA hostil - a primeira em Espanha em mais de 40 anos. 

Caso a oferta de aquisição, feita em maio de 2024, receba "luz verde", os atuais acionistas teriam de dividir este dividendo extraordinário com todos os acionistas do BBVA, presidido por Carlos Torres.  

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