Primeira mala Birkin de sempre vendida em leilão por 8,6 milhões de euros

Nunca ninguém deu tanto dinheiro por uma bolsa. A primeira mala Birkin, desenhada pela gigante de luxo Hermès, foi vendida em leilão que durou menos de 10 minutos por um valor excêntrico: 8,58 milhões de euros (10 milhões de dólares). A venda ocorreu pela mão da Sotheby’s, em Paris, esta quinta-feira. 

A peça original, em preto e em pele, foi fabricada em 1984 exclusivamente para a cantora e atriz Jane Birkin - que acabou por dar o nome ao modelo -, pelo então CEO da Hermès Jean-Louis Dumas. Na altura, a atriz terá encontrado Dumas numa viagem de avião e aproveitou para se queixar da falta de espaço que os modelos da marca tinham. Sentou-se com o diretor executivo e desenhou um esboço de um modelo num dos sacos de vómito que os aviões dispõem. Um ano depois, a Hermès presenteou-a com um protótipo da bolsa - a primeira de sempre. 

A empresa começou desde logo a comercializar o modelo, batizou-o com o apelido da atriz, mas os detalhes na mala original nunca mais foram replicados em mais nenhuma Birkin. 

Quase uma década depois, em 1994, Jane Birkin decidiu colocar a mala à venda para angariar fundos para uma associação de ajuda a vítimas de SIDA. Em 2000 foi a leilão novamente e, até agora, pertencia a uma colecionadora de Birkin, que dá pelo nome "Catherine B" no Instagram. 

Sem revelar a sua identidade, a antiga dona assegura que guardou a icónica bolsa durante os últimos 25 anos num "local seguro e a temperaturas adequadas" para a proteger de possíveis estragos - embora a levasse algumas vezes para alguns eventos. "Hoje é a mala mais procurada de sempre e com que toda a gente sonha", afirmou antes do leilão. 

A verdade é que as malas da Hermès são, normalmente, vendidas a preços mais elevados em revendas do que nas lojas da própria marca, tudo devido às longas listas de espera. A primeira Birkin de sempre foi vendida hoje a preço recorde, pulverizando o anterior valor máximo de 436 mil euros (510 mil dólares) pagos por uma rara bolsa Himalaya Kelly, também da Hermès, em 2021. A identidade do novo dono é desconhecida.