Burberry corta 18% da sua força laboral
A Burberry vai eliminar 1.700 postos de trabalho, o equivalente a 18% da sua força de trabalho a nível mundial. Pandemia e tarifas têm causado impacto nas contas da empresa, que ainda não se recuperou da contenção de gastos dos clientes.
A Burberry vai voltar a cortar custos. Depois de em novembro ter anunciado uma "reorganização" empresarial, a empresa britânica de luxo revelou que vai agora cortar 1.700 postos de trabalho após voltar a verificar uma quebra de vendas.
O novo reajuste das equipas vai ter lugar nos próximos dois anos e a marca estima poupar 71 milhões de euros com a redução de 18% da sua força de trabalho.
O CEO, Joshua Schulman, que assumiu o cargo em julho, assegurou que a empresa vai recuperar e reconquistar os clientes que colocaram um cadeado na carteira após a pandemia, o que provocou uma contenção nos gastos.
A Burberry tem andado a esforçar-se para aumentar a popularidade dos seus produtos, numa altura em que tem sido ultrapassada por concorrentes como Louis Vuitton e Hermès.
Apesar de uma quebra das vendas, os números foram superiores ao inicialmente estimado. A Burberry reportou um lucro operacional de 31 milhões de euros.
A fraca procura pelos artigos axedrezados da Burberry está a fazer com que as ações da empresa britânica estejam a sofrer uma queda de 16% desde o início do ano. A incerteza comercial em torno das tarifas também não tem favorecido a marca, com os chineses a apertarem o cinto aos gastos.
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