Os mais de 300 credores do Gato Preto reclamam aproximadamente 50 milhões de euros à empresa de decoração, que avançou há um mês com um Plano Especial de Recuperação (PER), para "assegurar a continuidade da sua atividade", revela esta sexta-feira o Eco. O maior credor é o próprio dono – o Grupo Aquinos –, que reclama cerca de 26 milhões de euros. 

A dívida ao Grupo Aquinos deve-se sobretudo ao fornecimento de bens e serviços, mas também de suprimentos (empréstimo do acionista) de 1,7 milhões. Já as dívidas aos bancos ascendem a perto de 12 milhões de euros, o que corresponde a quase 25% do total dos créditos reconhecidos. A Gato Preto deve 2,5 milhões ao espanhol BBVA, 1,9 milhões ao Novobanco e outros 1,9 milhões ao BPI, 1,5 milhões à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e 1,2 milhões ao BCP.

Além destes, a Gato Preto tem dívidas a mais de uma centena de fornecedores, onde se incluem os centros comerciais onde a empresa tem as suas lojas. A empresa tem também dívidas com os trabalhadores, na ordem dos 1,6 milhões.

A empresa avançou para PER depois de ter registado prejuízos de 15 milhões de euros em 2024 e ter sofrido uma forte quebra das vendas nos últimos anos. O Gato Preto conta com 39 lojas, das quais 31 em Portugal e oito em Espanha.