A Ibersol registou uma queda do lucro líquido de 10,3% para 13,8 milhões de euros em 2024, contra os 15,4 milhões verificados no ano anterior, disse a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já as receitas da operadora de restaurantes em Portugal e Espanha como a Pizza Hut, KFC ou Taco Bell subiram para 474 milhões de euros, contra os 418 milhões de 2023, o que representa uma progressão de 13,4%.

Quando às receitas antes de juros, impostos, deduções e amortizações (EBITDA), subiram 29,9% para 96 milhões, contra 74 milhões no ano anterior.      

Contabilizando apenas as operações continuadas, que excluem os lucros de um grupo de restaurantes KFC vendido em 2022 e outros 9 restaurantes que ainda operava em 2024, o lucro líquido caiu 24,7% para 11 milhões, contra 14,6 milhões em 2023.

A empresa explica que a estrutura de custos do grupo "foi penalizada pelo adiamento do processo de abertura e conversão de restaurantes temporários em formatos permanentes nos aeroportos de Madrid. Lanzarote, Tenerife, Málaga e Barcelona".

Além destas conversões, a empresa destaca que abriu 65 novos restaurantes em 2024, sendo 17 em Portugal, 45 em Espanha e três em Angola. A empresa tinha no final do ano passado 497 restaurantes próprios e 55 unidades franchisadas.

"Em 2024, apesar do crescimento moderado do setor da restauração, a Ibersol continuou focada em manter os volumes de vendas, garantindo um sólido crescimento de 14,3% das operações continuadas", refere o comunicado de apresentação de resultados.

Quando ao crescimeno das receitas, teve maior expressão no segmento de balcões, com uma subida de 26%, mas que inclui os 21,3 milhões da aquisição da NRS (que opera mais de 30 restaurantes KFC na região de Valência, em Espanha). As vendas comparáveis cresceram apenas 1,2%, diz a empresa.

Com base nos resultados do ano anterior, a empresa propõe pagar um dividendo de 0,7 euros por ação, num total de 29,06 milhões de euros.

A empresa refere ainda no "outlook" para 2025 que "a situação geopolítica, a mudança substancial no comércio iniciada pelos EUA e os conflitos em curso no Médio Oriente e na Ucrânia continuam a gerar incerteza quanto ao futuro e à segurança da Europa, com potenciais efeitos negativos sobre a confiança do consumidor".

Contudo, a Ibersol acredita que "os mercados do sul da Europa, mais expostos ao turismo, continuarão a demonstrar maior resiliência, mesmo com uma desaceleração natural do consumo".