Estoril Open em ténis muda para Portugal Open

O director do Estoril Open em ténis, João Lagos, anunciou hoje a alteração do nome do torneio para Portugal Open, mudança que terá efeito já na edição deste ano.
Estoril Open em ténis muda para Portugal Open
Lusa 21 de Março de 2013 às 16:57

De acordo com o responsável, foi uma decisão ponderada e que teve aconselhamento de várias personalidades, nomeadamente do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que terá sugerido que o nome Portugal Open remete para algo mais patriótico.

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"Hoje, tenho de me render à afirmação de que o Estoril Open não é imortal. Morre aqui hoje, ao fim de 23 anos, mas celebramos o nascimento de um outro evento continuação do Estoril, nasce algo mais patriótico: o Portugal Open", anunciou João Lagos durante a conferência de imprensa de apresentação da prova, no Complexo de Ténis do Jamor, em Lisboa.

O responsável adiantou que se tratou de uma decisão "muito ponderada", a concretização de um "desejo muito antigo", sublinhando que havia sempre "um desconforto nas gentes de Oeiras e Cascais" pelo nome do torneio.

"Entendemos que a mudança deste título e 'naming' de Estoril evoluir para Portugal é um ato que vem contribuir e reforçar em grande medida à internacionalização da nossa marca e do nosso país e o reconhecimento que este precisa cada vez mais", disse João Lagos.

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João Lagos revela que a alteração do nome para Portugal Open "não está associada a qualquer apoio oficial", admitindo tratar-se apenas "de um sentimento" que teve.

"Temos de nos habituar, e peço [desculpa] pela falsa modéstia, mas o grande patrocinador do Open é um tipo chamado João Lagos e por isso ele está sempre presente desde 1990 e cá continua apesar de todas as dificuldades", disse o empresário quando questionado acerca dos patrocinadores do torneio.

Este ano, o torneio perdeu o patrocínio do Banco Espirito Santo, que apoiava o evento desde o seu início em 1990, mas João Lagos mantém ainda a esperança de que até dia 27 ainda possa acontecer muita coisa, sublinhando, no entanto, que o Open "é suficientemente forte, inclusive para superar uma dificuldade desse tipo [ficar sem patrocinador]".

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João Lagos considerou ainda que será "difícil" entusiasmar-se "ainda mais" pelo projeto que dirige há 24 anos, mas avança que com a nova nomenclatura torna-se ainda "mais empolgante e motivante", embora considere não ser possível "acrescentar mais um grama de paixão que seja" ao projecto.

Apesar da mudança de nome, o Portugal Open, que se realiza entre 27 de abril e 05 de maio, irá ter algumas estrelas do ténis mundial, nomeadamente o argentino Juan Martin Del Potro, número sete do "ranking" ATP e atual campeão, que irá tentar conquistar o "tri" consecutivo, algo inédito na história do torneio.

Em femininos, destaque para a francesa Marion Bartoli, 11.ª da hierarquia WTA e vice-campeã de Wimbledon em 2007, e para as italianas Roberta Vinci (número um mundial em pares) e Francesca Schiavone.

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Em relação aos portugueses, este ano nenhum tenista se qualificou directamente para o quadro principal do torneio, pelo que serão, tanto em masculinos como em femininos, atribuídos "wild cards" (convites).

Apesar de no anúncio de promoção do torneio aparecerem João Sousa e Pedro Sousa, João Lagos garantiu que a sua presença deve-se ao facto de João Sousa ser o único português no top-100 e de Pedro Sousa ser o luso que roubou um "set" ao campeão Del Potro.

Quanto há tão esperada sede definitiva do torneio, João Lagos garante que é um projecto "que está correr muito bem" e que poderá ser ocorrer durante o torneio "alguma novidade".

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