O "e-commerce" em Portugal não para de crescer, com as compras online a representarem hoje mais de 10 mil milhões de euros, três vezes mais do que há uma década. E não deverá ficar por aqui: a Associação da Economia Digital (ACEPI) acredita que a proporção de utilizadores de internet que efetua compras online supere os 70% dentro de nos anos (os dados mais recentes apontam para 66.6%), aproximando-se dos números europeus (79%).

Apesar de ressalvar que o negócio físico "continuará a ser a forma mais relevante de fazer comércio", Pedro Santos, vice-presidente da ACEPI, afirma que, a prazo, "a maior parte do crescimento do retalho virá dos canais digitais".

Em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW, Pedro Santos explica que a conveniência é o principal fator que leva os portugueses a comprar online, não esquecendo também o preço e as promoções, além da variedade de produtos à disposição.

Apesar de os sites estrangeiros concentrarem grande parte do comércio online, o  vice-presidente da ACEPI garante que "os negócios nacionais também estão a beneficiar disso". "É natural que também haja uma compra significativa em sites estrangeiros, mas a verdade é que ao longo do tempo os argumentos que muitas lojas portuguesas têm tido fazem com que também seja uma preferência de muitos consumidores portugueses", afirma.