Os trabalhadores da TAP-Air Portugal vão ficar com os aumentos salariais congelados durante três ou quatro anos, o que poderá originar o regresso à greve já em 2001, noticiou hoje o «Diário de Notícias».

Em causa estão aumentos de 2,4%, e o regresso à greve no próximo ano é uma das hipóteses admitidas pelo sindicato.

Esta situação é inaceitável para os trabalhadores, refere Miguel Valente, da Comissão de Trabalhadores (CT) da transportadora aérea num encontro com os jornalistas. A CT exige que a Swissair pague a dívida que tem com a TAP, pelos acordos em «code-share», que ronda os 29,9 milhões de euros (6 milhões de contos).

O pagamento desta dívida pode ser aplicado na «reposição do poder de compra» dos trabalhadores em 2001. A TAP está «a caminhar para o abismo», alertou o representante dos trabalhadores e a culpa é dos vários conselhos de administração que geriram a transportadora aérea nacional nos últimos anos.

A subserviência em relação à transportadora aérea suiça é outro aspecto realçado por Miguel Valente. A Swissair ainda não participa no capital da TAP e já controla as áreas-chave da transportadora nacional. O acesso «on-line» às contas da TAP é apenas um exemplo, referem os trabalhadores.