Porto de Lisboa vai encaixar um terço do lucro extra dos silos da Trafaria e Beato
Com a liquidação da Silopor, a concessão de serviço público da exploração dos silos da Trafaria e do Beato, por onde passa metade dos cereais consumidos em Portugal, fica a cargo da recém-constituída Silotagus. Contrato prevê prazos diferentes, mas em ambos a partilha de benefícios.
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Com o fim da Silopor, empresa pública de silos portuários responsável por descarregar e armazenar metade dos cereais consumidos em Portugal, que não tinha dívidas e até gerava lucros, mas estava há quase 25 anos em liquidação, a exploração, em regime de serviço público, dos Terminais de Granéis Alimentares da Trafaria e do Beato ficou entregue à recém-constituída Silotagus. À luz da minuta do contrato publicado em Diário da República estipula-se, em ambos os casos, a partilha de benefícios com a Administração do Porto de Lisboa (APL), correspondente a um terço do lucro extra, a somar à "renda" resultante de taxas fixas, mas prazos distintos: o da concessão acaba em 2055, ou seja, muito depois de expirar, em 2031, a exploração do Beato, terminal com "especialidades" que pode ver a área concessionada reduzida por força das obras para a terceira travessia.
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