Catroga: "não há rendas excessivas, há impostos excessivos"

Eduardo Catroga defende que os consumidores não estão a ser prejudicados pelas alegadas "rendas excessivas" pagas à EDP mas sim pelo aumento de impostos aprovado por Passos Coelho.
Miguel A. Lopes/Lusa
Ana Batalha Oliveira 16 de Janeiro de 2019 às 23:36

Eduardo Catroga, antigo presidente do Conselho Geral de Supervisão da EDP, apontou que o que motiva as pesadas faturas da eletricidade são os "impostos excessivos" iniciados no Governo de Passos Coelho durante a passagem da troika por Portugal. O antigo primeiro-ministro "podia ter batido o pé à troika", considera.

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Para Eduardo Catroga, "não há rendas excessivas, há impostos excessivos", e é nesta última rubrica que "o Governo pode atuar", afirmou, perante os deputados que o inquiriam no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade.

A falha, diz, remonta ao tempo do Governo de Passos Coelho, que "podia ter batido o pé à Troika" ao invés de onerar os consumidores na fatura. "O preço da eletricidade para as famílias passou a exceder a média europeia quando o Governo de Passos Coelho passou o IVA para 23%", recorda.

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O peso do investimento em energias renováveis na fatura, na opinião do administrador da EDP, também poderia ser contornado. Dá o exemplo dos Estados Unidos, que optam por promover a transição energética através de benefícios fiscais às empresas de energias limpas.

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