Governo diz que taxa no gás vai deixar de ser cobrada o "mais cedo possível"
O Governo garante que a taxa de ocupação do subsolo vai deixar de ser paga pelos consumidores de gás natural este ano, apesar de não avançar com uma data.
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"Da parte do Governo, estando reunidas as condições que são necessárias, quer das autarquias, quer do regulador, será o mais rápido possível, no sentido de que é a obrigação do Governo de cumprir o que está estabelecido no Orçamento do Estado", disse o secretário de Estado da Energia esta sexta-feira, 7 de Abril.
"Não depende unicamente do Governo, mas da nossa parte será o mais cedo possível. Nós estamos a trabalhar com o regulador e penso que há boas condições de rapidamente ter essa questão resolvida", afirmou Jorge Seguro Sanches em declarações à margem do colóquio "Fiscalidade da energia", que decorreu na Universidade Católica em Lisboa.
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Recorde-se que a Deco acusou quatro empresas - EDP Comercial, Galp Energia, Goldenergy e Lisboagás - que vendem gás natural de cobrarem 10 milhões de euros a mais aos consumidores nos três primeiros meses deste ano.
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Depois, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) tem de fazer uma avaliação das "consequências no equilíbrio económico-financeiro das empresas operadoras de infra-estruturas". E só depois de ter "em conta" esta avaliação da ERSE é que o Governo procede à "alteração do quadro legal em vigor, nomeadamente em matéria de repercussão das taxas nas facturas dos consumidores". No entanto, a lei não adianta prazos para este processo estar concluído e os consumidores deixarem de pagar pela taxa.
O secretário de Estado de Energia garantiu esta sexta-feira que a taxa vai deixar de ser cobrada aos mais de 1,3 milhões de consumidores de gás natural em Portugal.
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Pelas empresas, a EDP Comercial diz que tem todo o direito a cobrar a taxa de ocupação do subsolo aos seus 600 mil clientes de gás natural.
"É perfeitamente legítimo", disse o presidente da EDP Comercial, Miguel Stilwell de Andrade, na quinta-feira. "Estamos a cumprir o que está previsto. No decreto-lei de execução orçamental estava prevista uma calendarização que dependia de uma análise feita pelo regulador", acrescentou.
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