Marques Mendes: Costa “foi imprudente e precipitado” no comentário à OPA da EDP

O comentador da SIC diz que o Governo, sabendo do negócio, devia, ao menos, "salvar as aparências".
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 13 de Maio de 2018 às 21:13

Marques Mendes criticou este domingo, 13 de Maio, a precipitação do primeiro-ministro António Costa no seu comentário à OPA lançada pelos chineses da China Three Gorges sobre a EDP, na sexta-feira.

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"Poucas horas depois de apresentada a OPA, António Costa veio dizer que não tinha nada a opor. O PM foi imprudente e precipitado", afirmou o comentador, no seu espaço habitual na SIC. "Imprudente e precipitado porque o Estado português não é accionista. Logo, não tem que se pronunciar. Ainda por cima antes dos accionistas. O princípio deve ser: à economia o que é da economia".

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"Claro que nós sabemos que o Governo sabia de tudo. Mas devia, ao menos, salvar as aparências", acrescentou.

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Marques Mendes referia-se às declarações proferidas pelo primeiro-ministro, na sexta-feira, quando a oferta ainda não era oficial. Em declarações transmitidas pela SIC, António Costa disse que o governo não tem "nenhuma reserva a opor", lembrando que "as coisas têm corrido bem em Portugal" e os chineses "têm sido bons investidores".

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Sobre a OPA, Marques Mendes referiu que não se trata de uma decisão inesperada, sendo "uma jogada de antecipação", num tempo de fusões de empresas de energia na Europa.

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Para o antigo líder do PSD, o projecto dos chineses tem vários pontos fortes, entre os quais manter a EDP uma empresa portuguesa, com sede em Portugal, tornar a eléctrica "mais forte e competitiva" e mantê-la em bolsa.

 

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"Em termos de projecto, uma EDP detida por chineses é melhor que uma companhia detida por uma empresa europeia.Comprada por um grupo europeu, a EDP seria partida, desmantelada e provavelmente deixava de ter sede em Portugal", resume o comentador.

 

No entanto, Marques Mendes identifica um ponto crítico na oferta: o preço. Esta é a grande vulnerabilidade da proposta dos chineses. Os chineses vão ter que ter um plano B", rematou.

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