Moedas: Se não fosse a crise "não tínhamos privatizado tudo aquilo que privatizámos"
Carlos Moedas, na qualidade de ex-Secretário de Estado Adjunto de Pedro Passos Coelho, considera que num cenário de menores necessidades financeiras, o Governo não teria, provavelmente, optado por executar as várias privatizações que ocorreram no tempo da intervenção da Troika.
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"Se Portugal não estivesse em crise, eu penso que, de certa forma, não tínhamos privatizado tudo aquilo que privatizámos devido à crise", declarou Carlos Moedas perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, esta sexta-feira, 15 de fevereiro.
"No caso de um país rico, sem necessidades financeiras, a conversa é diferente. Mas na altura não tínhamos grande escolha", reforçou Carlos Moedas. O ex-ministro adjunto ressalva, contudo, que as privatizações da REN, EDP e TAP já estavam previstas no Memorando de Entendimento com a Troika – o qual foi assinado pelo Governo socialista que lhe foi anterior, liderado por José Sócrates.
As declarações de Moedas surgem na sequência de algumas questões sobre a posição que tem em relação à privatização da REN, numa altura em que é avançada a hipótese de o Estado voltar a adquirir uma participação acionista na distribuidora.
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Em audições anteriores da mesma comissão, Rodrigo Costa, atual CEO da REN, afirmou que, tendo em conta a interação presente do Estado com a empresa, não vê "nenhuma vantagem" nem "necessidade" de uma reentrada no capital.
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