Ex-trabalhadora da Salsa calça mulheres com pés grandes
De cada vez que queria comprar uns sapatos, Filipa Cunha, que calça o tamanho 41, já sabia que o catálogo disponível seria escasso e também pouco confortável. Foi para "resolver esta dificuldade pessoal", que afeta muitas outras mulheres com pés grandes (e também muito pequenos) –, que esta jovem de Vila Nova de Cerveira decidiu lançar uma marca de calçado que "combina design e tamanhos especiais" – inferiores a 35 e superiores a 40.
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Com formação em marketing e branding, mas "desde miúda com interesse em desenho", trabalhou numa joalharia de Guimarães, numa empresa de calçado de segurança (ICC Lavoro) e na marca de vestuário Salsa, onde era especialista em marketing digital e redes sociais, até sair, durante o segundo semestre de 2017, para preparar este projeto da Oytto, que será apresentado este sábado, 18 de maio, num desfile em Guimarães.
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Com a ajuda técnica do marido, modelador numa fábrica de calçado, e o apoio financeiro do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), através do programa Investe Jovem, Filipa Cunha, 30 anos, conta ao Negócios que estes sapatos, feitos à mão, estão a ser produzidos por um pequeno atelier (Project ID) em São João da Madeira. Vão chegar ao mercado com um preço médio de 190 euros e a visibilidade da atleta Dulce Félix, "embaixadora" da marca.
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Nesta fase inicial, os modelos da Oytto só estarão à venda no site da marca e através das redes sociais Facebook e Instagram. Embora não afaste a hipótese de vir a lançar coleções para criança e homem, diz que, para já, o público-alvo são mulheres entre os 20 e os 55 anos. E vê "potencial de exportação" nos países nórdicos europeus ou nos EUA, onde há "muita procura por tamanhos grandes e também é difícil encontrar um produto que se adeque ao pé". "Há algumas marcas que têm esses números, mas usam formas masculinas", argumenta.
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Já estranhou o nome da marca? Aproveita a semelhança com o número "oito", presente em vários "momentos marcantes" da vida da fundadora, que se apronta a descrever essas coincidências do calendário. "Nasci a 18 de abril e na escola era quase sempre o n.º 8. Mais tarde, conheci o meu atual marido e depois também começámos a namorar num dia 8. E casámos no dia 8 de setembro do ano passado. Entretanto, descobri que também a minha avó, que não cheguei a conhecer, tinha casado no dia 8", conclui.
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