Loba compra portuense Bondhabits

Em março passado, João Gaspar e Adelino Silva, nascidos e criados em Oliveira de Azeméis, onde fundaram uma sólida amizade, contaram ao Negócios a aventura empresarial que têm liderado desde o arranque deste século, com a constituição da Globaz, e, sobretudo, a partir de 2014, com a criação da Loba, que é apresentada como a primeira agência "full service" de experiência do cliente em Portugal.

 

Numa década de negócio, a Loba adquiriu uma dezena empresas, tendo no verão passado comprado a concorrente londrina "We Accelerate Growth", e conta com clientes como a Comissão Europeia, a Salvador Caetano, a GSK e a Philip Morris.

 

Fechou 2023 com uma faturação de seis milhões de euros e cerca de duas centenas de trabalhadores, de seis nacionalidades diferentes.

 

12 de fevereiro de 2025: a Loba acaba de anunciar a aquisição da Bondhabits, agência sediada no mítico espaço cultural Maus Hábitos, no centro do Porto, que é especializada em projetos de relevância cultural, tendo como principais valências a oferta de serviços na área de desenvolvimento web e aplicações nativas, além da colaboração com diversos clientes de renome.

 

"A primeira aquisição de 2025 permitirá a ampliação da oferta de serviços em territórios específicos como o lazer, a cultura e a indústria do entretenimento", realça a Loba, em comunicado.

 

Com mais de uma década de atividade, a Bondhabits tem no seu portfólio nomes como a Fundação de Serralves, a Câmara Municipal do Porto ou o festival Nos Alive.

 

"Com esta operação enriquecemos o nosso portefólio e fortalecemos a posição no setor cultural, integrando um enorme ativo de ‘web developers’ muito experientes", afirma Adelino Silva, coCEO da Loba,

 

"Esta aquisição é um passo importante na consolidação da nossa influência em setores estratégicos, especialmente por se tratar de uma empresa com elevado reconhecimento criativo e digital", realça João Gaspar, o outro CEO da agência oliveirense.

 

Já para Rui Mascarenhas, CMO da Bondhabits, a integração na Loba permite à agência portuense  "preservar" a sua "personalidade, conectada sobretudo com os meios cultural e artístico", enquanto "amplia a capacidade de oferecer soluções mais completas e suporte adicional".

 

"Estamos muito entusiasmados com as novas possibilidades que esta fusão nos proporciona", remata Mascarenhas.