Barack Obama entrevista presidente da Alibaba

O presidente dos Estados Unidos esteve no evento Asia Pacific Economic Cooperation (APEC) Summit esta quarta-feira, em Manila, onde entrevistou o bilionário e presidente executivo da Alibaba, Jack Ma, e uma jovem empreendedora filipina, Aisa Mijeno. O painel versava as relações entre o sector político e os negócios.

Obama brincou confortavelmente com o fundador e presidente da gigante do e-commerce, Jack Ma, cuja empresa procura agora expandir-se para novos mercados, incluindo os Estados Unidos.

Durante o painel, o presidente dos Estados Unidos questionou o presidente da Alibaba sobre como os governos e as empresas estabelecidas no mercado podem ajudar jovens empreendedores.

"Quanto ao governo é simples, reduzam os impostos ou não taxem estas pessoas", respondeu Ma, despoletando uma onda de aplausos entre a plateia, composta por executivos.

Escreve a Reuters que a expansão do negócio para lá das fronteiras da China é uma prioridade para Jack Ma, à medida que a Alibaba trabalha para manter o rápido crescimento, apesar das estimativas apontarem para uma saturação do mercado do e-commerce na China.

Alguns dos maiores mercados da Alibaba no exterior incluem o Brasil e a Rússia.

Obama também elogiou Aisa Mijeno, professora de engenharia que inventou uma lâmpada que funciona à base de água salgada. O presidente dos Estados Unidos sugeriu inclusivamente que Ma deveria investir na sua colega de painel depois de esta dizer que está à procura de financiamento.

Ma respondeu com um sorriso. Segundo o presidente da empresa de e-commerce, 0,3% das receitas da Alibaba nos últimos seis anos reverteram para apoiar jovens empreendedores que procurem soluções para fazer face às alterações climáticas e outros problemas ambientais.

Ma acrescentou que considera uma "ideia fantástica" investir em tecnologia limpa, referindo-se a uma conversa recente em que Bill Gates, co-fundador da Microsoft, abordou o tema.

As alterações climáticas são um dos pontos de divergência entre os governos de Washington e Pequim, cujas relações têm sido afectadas também pelas incursões chinesas nos territórios do mar do Sul da China.