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Regulador britânico diz que fusão da Getty Images e Shutterstock limita concorrência

Esta informação consta de um comunicado da Competition & Markets Authority (CMA) divulgada sobre a fusão entre a Getty Images e a Shutterstock, que pretende criar um gigante na área de banco de imagens.

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Getty images Ted S. Warren / AP
16:11

A Autoridade de Concorrência e Mercados britânica (CMA) considera que a compra da Shutterstock pela Getty Images leva a uma redução substancial da concorrência e dá até 27 de outubro para serem apresentados 'remédios' que resolvam as preocupações identificadas.

Esta informação consta de um comunicado da Competition & Markets Authority (CMA) hoje divulgada sobre a fusão entre a Getty Images e a Shutterstock, que pretende criar um gigante na área de banco de imagens.

Como a CMA concluiu que a fusão gera uma "perspetiva realista de uma SLC ['Substantial Lessening of Competition' - Diminuição Substancial da Concorrência], as partes têm até 27 de outubro" para apresentar "compromissos", os chamados 'remédios', para responder às "preocupações concorrenciais identificadas", lê-se no documento.

A CMA concluiu que a proposta de compra da Shutterstock, Inc. pela Getty Images Holdings, Inc. gera diminuição substancial da concorrência no fornecimento de conteúdo editorial no Reino Unido e no fornecimento de conteúdos de arquivo globais (Reino Unido, incluído), em ambos os casos como resultado de efeitos unilaterais horizontais.

A Getty Images acordou a compra da Shutterstock de acordo com um contrato de compra de ações firmado em 06 de janeiro de 2025 (fusão), por um valor aproximado de 245 milhões de libras (cerca de 282 milhões de euros, à taxa de câmbio de hoje) em dinheiro e 319,4 milhões de ações da Getty Images, criando uma entidade combinada com um valor empresarial superior a 3 mil milhões de libras (cerca de 3,4 mil milhões de euros).

A fusão está também a ser analisada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

A Getty Images e a Shutterstock e fornecem conteúdo digital, incluindo fotos, ilustrações, vídeos e música.

As duas empresas operam plataformas que licenciam conteúdo a clientes, o conteúdo destas empresas pode ser segmentado de forma geral em conteúdo editorial e conteúdo de arquivo (ou criativo).

A CMA examinou o impacto da fusão no fornecimento de ambos tipos de conteúdo, refere a entidade.

O conteúdo editorial inclui fotos e vídeos de eventos, pessoas e marcos que são noticiáveis. Os clientes das duas partes no Reino Unido incluem as principais emissoras, grupos noticiosos, editoras e outras organizações em todo o panorama mediático do país.

Os clientes do Reino Unido exigem conteúdo centrado no Reino Unido, por exemplo, relacionado com eventos noticiosos e desportivos locais e nacionais e celebridades do Reino Unido. "Por conseguinte, a CMA examinou os efeitos da fusão no conteúdo editorial a um nível nacional", adianta a entidade.

Relativamente ao conteúdo de arquivo ('stock content'), este é licenciado para utilização numa vasta gama de indústrias.

"Os clientes das partes no Reino Unido incluem grandes empresas de publicidade, editoras e agências de design, incluindo muitas pequenas e médias empresas (PME) em todo o setor criativo. Embora a CMA tenha concluído que a concorrência para fornecer conteúdo de arquivo ocorre a um nível global, também verificou que os clientes valorizam a medida em que os fornecedores podem oferecer conteúdo localizado, e a CMA levou isso em consideração na sua avaliação da fusão", adianta a entidade reguladora.

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