5G. Anacom consulta o mercado para perceber interesse na faixa dos 26 GHz

O regulador das comunicações lançou uma consulta pública sobre a utilização da faixa dos 26 GHz, destinada também ao desenvolvimento da quinta geração de redes móveis.
cadete de matos, anacom
Paulo Calado
Cátia Rocha 13 de Dezembro de 2021 às 13:49

A Anacom lançou uma consulta pública esta segunda-feira, 13 de dezembro, com o intuito de sentir o pulso ao mercado e perceber qual o interesse na disponibilização de espectro na faixa dos 26 GHz. A possibilidade de avançar com esta consulta pública já havia sido mencionada no encontro com a imprensa, que decorreu na semana passada.

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O regulador das comunicações quer, assim, perceber se existe interesse e ainda auscultar sobre questões práticas, como as condições de acesso e de utilização desse espectro ou ainda o calendário aplicável.

A faixa dos 26 GHz é uma das que "integra o conjunto de faixas pioneiras/prioritárias para o desenvolvimento do 5G, em particular por permitir coberturas com dimensão mais reduzida comparativamente com as restantes faixas de frequências (700 MHz e 3,6 GHz)", explica a nota do regulador das comunicações. A Anacom destaca ainda que esta faixa tem "uma capacidade ultra-elevada, permitindo que novos modelos de negócios e setores da economia beneficiem do 5G."

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A entidade liderada por João Cadete de Matos acrescenta que, a nível europeu no âmbito do desenvolvimento do 5G, a faixa em questão "pode vir a ser utilizada em pontos específicos e localizados", dado a "cobertura geográfica mais reduzida do que as restantes faixas.

A título de comparação, a faixa dos 700 MHz é aquela que permite coberturas mais alargadas geograficamente, mas com velocidades menores quando comparadas com a faixa dos 3,6 GHz. Já esta faixa dos 3,6 GHz é aquela que tem maior quantidade de espectro disponível e permite aumentar a capacidade e velocidade de transmissão de dados, mas tem uma cobertura geográfica inferior.

"Assim, dependendo do espectro disponível em determinada faixa de frequências e das próprias frequências em questão, existirão faixas mais vocacionadas para proporcionar cobertura, outras para proporcionar capacidade e outras para um misto de cobertura e de capacidade", explica a Anacom.

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O regulador recorda que por decisão de 1 de março de 2018, já tinha consultado o mercado sobre a disponibilização da faixa de frequências dos 700 MHz e de outras faixas relevantes, "no âmbito da qual alguns interessados também se pronunciaram sobre a faixa de frequências dos 26 GHz."

"A Anacom registou então o interesse relevante do mercado nesta faixa, numa perspetiva de implementação futura do 5G, embora esse interesse não parecesse ser acompanhado por uma perspetiva definida sobre a utilidade a curto prazo desta faixa e do modo como esta devia ser disponibilizada pelo regulador", contextualiza.

Neste momento, seis países europeus já disponibilizaram espectro nesta faixa dos 26 GHz: Croácia, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Itália e Eslovénia. Outros dois países disponibilizaram o espectro através do princípio de "first come, first served", como é o caso da Alemanha e do Reino Unido.

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Esta consulta pública estará disponível até 31 de janeiro.

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