Carris: Assunção Cristas diz que passes para crianças são um 'flop'
"A nossa preocupação é como a Câmara de Lisboa vai gerir a Carris, que agora lhe pertence. Estamos no dia 31 de Janeiro, todos ouvimos o anúncio do senhor presidente da Câmara de que a partir de dia 1 de Fevereiro iriamos ter passes gratuitos para as crianças até aos 12 anos", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, considerando que essas medidas "neste momento são um 'flop'".
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A candidata enfatizou a "promessa incumprida" do autarca do PS Fernando Medina, não se concentrando na apreciação parlamentar à municipalização da Carris, por iniciativa do PCP, e que os comunistas já esclareceram não visa a cessação de vigência do diploma, propondo alterações.
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"A promessa era para o início do ano, o início do ano já lá vai, depois foi retificado para 1 de Fevereiro. Hoje, em véspera de 1 de Fevereiro, nada está preparado para que, a partir de amanhã, essas medidas anunciadas com grande sonoridade sejam uma realidade para os lisboetas", sublinhou.
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A líder e candidata visitou hoje a Universidade Internacional da Terceira Idade, em Lisboa, que serve mais de 750 alunos, na rua das Flores, num edifício propriedade da Câmara e para o qual a direção daquela instituição reclama obras.
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Ainda sobre a Carris, Assunção Cristas remeteu uma posição sobre a apreciação parlamentar proposta pelo PCP quando for conhecido o conteúdo da proposta, apontando vários aspectos da municipalização da empresa de transportes que provocam reservas aos centristas.
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A articulação com outros municípios é um desses aspectos, assim como a articulação com o Metro de Lisboa, e o financiamento da empresa. "A informação que temos, que foi publicada pela Câmara de Lisboa, é insuficiente. Faz-nos crer que há uma insuficiente dotação financeira porque o valor que aparece no fundo que será alocado à Carris não bate certo com os investimentos previstos", afirmou, questionando se haverá novas taxas, aumento das já existentes ou o endividamento da empresa.
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O PCP anunciou hoje que irá agendar para Fevereiro as suas apreciações parlamentares dos decretos sobre a municipalização de Carris e STCP acompanhadas de propostas de alteração e não de pedidos de cessação de vigência dos diplomas.
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Em declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, explicou que o agendamento será feito na quarta-feira em conferência de líderes, previsivelmente para a segunda quinzena de Fevereiro.
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Sobre o sentido das propostas de alteração, João Oliveira sublinhou que o PCP "é contra a municipalização" quer da Carris quer da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) e irá defender uma solução que passe "pela integração das empresas no Setor Empresarial do Estado".
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Questionado porque não apresenta uma cessação de vigência - uma vez que se opõe à solução em vigor, a municipalização - João Oliveira respondeu: "A cessação de vigência tem um problema que é óbvio, criar a dúvida sobre o que aconteceria às empresas, num momento em que os decretos-lei já produzem efeitos"."A nossa perspectiva não é contribuir para criar dificuldades às empresas públicas de transportes", salientou.
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