Grupo ETE dispara investimentos em Cabo Verde

Na corrida à concessão dos portos e dos estaleiros navais, no reforço do transporte marítimo e na logística. O grupo português ETE está decidido a apostar fortemente em Cabo Verde, abrindo várias frentes de investimento neste país africano.
contentores
Miguel Baltazar/Negócios
Rui Neves 16 de Novembro de 2017 às 15:37

 

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Para Cabo Verde, rapidamente e em força. O grupo ETE - Empresa de Tráfego e Estiva, o maior operador português de terminais portuários, com um total de seis concessionados, decidiu reforçar a sua aposta neste PALOP, abrindo várias frentes de investimento naquele arquipélago africano.

 

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Numa reunião realizada esta semana com responsáveis do governo local, Luís Mira de Oliveira, administrador da ETE, assumiu o "empenho" do grupo português "em apostar e investir no país", tendo apresentado a sua "disponibilidade para construir em conjunto soluções que congregam uma visão integrada e estruturante da operação portuária, do transporte marítimo Inter-ilhas e regional, da logística e da construção naval".

 

Relativamente à operação portuária, a ETE está a ultimar a constituição da empresa ETE Cabo Verde – Operações Portuárias, Lda, com o objectivo de "apresentar uma proposta para a gestão dos portos da Praia, Mindelo, Palmeira e Sal Rei, seja em regime de concorrência, consórcio ou com base em outro modelo a definir pelo Governo de Cabo Verde".

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Recentemente constituída foi a Transinsular Cabo Verde - Transportes Marítimos Insulares de Cabo Verde, Lda, uma sociedade armadora de direito cabo-verdiano que, garante o grupo ETE, "é a única no país habilitada e a cumprir todos os requisitos para efectuar o transporte marítimo internacional, ligação aos mercados atlânticos de proximidade e cabotagem".

 

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E está também a concluir o processo de passagem de um dos seus navios, o Ponta do Sol, para este novo armador, o qual será operado sob bandeira de Cabo Verde. "Este é um navio certificado e classificado com ‘standards’ internacionais e que cumpre todos os requisitos para navegar em águas internacionais, permitindo ao grupo ETE oferecer um serviço pioneiro no mercado, a partir de Cabo Verde para o mundo", afiança o grupo português.

 

"Esta operação é relevante para o desenvolvimento da nossa actividade no mercado de Cabo Verde e foi possível porque temos navios próprios, o que implica capacidade de investimento e não depender de navios afretados. Tomámos esta decisão porque acreditamos no mercado de Cabo Verde e olhamos o futuro com confiança", enfatiza Luís Mira de Oliveira.

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Renova interesse na Cabnave após ter "perdido" a concessão por anulação do concurso

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Entretanto, o grupo ETE volta a mostrar-se "disponível para transferir para a Cabnave - Estaleiros Navais de Cabo Verde "o seu conhecimento neste sector e assim contribuir para o desenvolvimento da empresa".

 

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Recorde-se que, no passado recente, a ETE ficou qualificada em primeiro lugar na corrida à subconcessão da Cabnave, mas eis que, no último Verão, quando se preparava para negociar os termos finais do contrato de 30 anos, o governo cabo-verdiano decidiu anular o concurso.

 

"Também já manifestámos aos senhores ministros das Finanças e da Economia [de Cabo Verde] que continuamos totalmente interessados e empenhados na concessão da Cabnave, ou em outro modelo de parceria público-privada que vier a ser decidida pelo Governo", ressalvou Luís Mira de Oliveira.

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Presente em Cabo Verde há quase 30 anos, através do seu armador Transinsular, o grupo ETE oferece, desde 1 de Outubro passado, o serviço África Expresso, o qual, garante "é o único serviço regular directo (sem transbordo) com frequência a cada 10 dias, desde Portugal (Leixões e Lisboa) /Canárias para a Praia, Mindelo, Sal e Boavista".

 

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Adicionalmente, o grupo ETE "quer apresentar uma proposta para o transporte marítimo de carga inter-ilhas.

 

"Sentimos que Cabo Verde é um mercado onde podemos acrescentar valor e onde, simultaneamente, o grupo ETE pode prosseguir o crescimento natural das suas operações ‘core’ (portuário, transporte marítimo, logística, construção e reparação naval)", conclui o mesmo administrador do grupo português.

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(notícia actualizada com mais informação)

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