Novo “chairman” quer privatização “sem impacto na operação” da TAP
“Estou muito honrado por esta oportunidade” de assumir o cargo de “chairman” da TAP, “uma empresa que eu há muito respeito”. Estas foram as primeiras palavras de Carlos Oliveira, na primeira vez que marcou presença num evento da companhia aérea, salientando o “período complexo” que esta vive, mas que, espera, não tenha impacto na operação.
“Estamos num período complexo, como todos sabemos, mas eu diria que aquilo que temos é de acreditar é que este percurso positivo que tem acontecido nos últimos anos é para continuar e é para isso que estou cá também, para ajudar a que assim seja”, disse Carlos Oliveira numa comunicação interna a que o Negócios teve acesso.
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Este período “complexo” refere-se à privatização da empresa. “Temos por vontade do acionista, um processo de privatização em curso, uma privatização parcial”, tendo sido já aprovada a venda de 49,9% do capital da empresa, sendo que 5% estão reservados para os trabalhadores.
No mesmo evento em que esteve o CEO, Luís Rodrigues, o novo “chairman” afirmou que a privatização “é muito importante para o futuro da companhia, importante também para o futuro do país”.
“Aquilo que queremos, enquanto Conselho de Administração, é trabalhar de forma muito articulada, até porque somos uma só equipa, e queremos que este processo de privatização que agora começa seja feito sem impacto na operação e que a TAP continue a voar cada vez mais alto”, atirou.
“O que é importante percebermos que aquilo em que cada um de nós tem de se focar no dia-a-dia é na operação, é naquilo que é o nosso trabalho, para que a TAP possa ser cada vez melhor”, concluiu o gestor que ainda há pouco tempo tinha sido nomeado presidente do CNCTI.
Carlos Oliveira, que esteve à frente da Fundação José Neves até 2024, foi presidente da Invest Braga e ex-secretário de Estado da Inovação no XIX Governo, de Pedro Passos Coelho, foi escolhido para “chairman”, cargo que até agora era desempenho pelo CEO.
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O Governo entendeu que, dado o processo de privatização em curso, era preferível “separar as funções de Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva” da TAP.
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