Ryanair abre novas rotas fora de Lisboa e quer avançar (outra vez) para os Açores

Com o aeroporto de Lisboa congestionado e quase "estrangulado", a Ryanair optou por abrir novas rotas nas outras bases. Crescimento a cinco anos foi entregue ao Governo e visa reabrir Ponta Delgada, mas ainda não há resposta.
A Ryanair anunciou novas rotas fora de Lisboa.
Maríline Alves/Medialivre
Inês Pinto Miguel 13:13

A Ryanair vai abrir novas rotas para os aeroportos portugueses durante o inverno de 2025, mas Lisboa foge às novas chegadas devido aos constrangimentos que se têm vindo a intensificar. Pedido para reabrir base nos Açores já foi feito, e O'Leary critica a demora portuguesa.

São quatro as novas rotas que a companhia irlandesa "low-cost" vai abrir a partir de Portugal. O Porto recebe uma para Gotemburgo, na Suécia, e para Varsóvia, enquanto Faro vai passar a voar para Cracóvia e a Madeira para Shannon, na Irlanda.

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Atualmente com quatro bases nos aeroportos portugueses - Porto, Lisboa, Faro e Madeira -, a Ryanair já efetuou o pedido para reabrir a base área em Ponta Delgada, mas o processo está a "ganhar pó" na administração pública. 

Parte desse plano é reabrir a base em Ponta Delgado, apesar de termos perdido dinheiro. Enquanto conseguirmos crescer em Lisboa, Faro e Porto, vamos continuar a investir. Michael O'Leary, CEO da Ryanair

"Submetemos um plano ao Governo para duplicar o nosso tráfego em Portugal, passando de 14 para 28 milhões de passageiros nos próximos cinco anos. Temos novas aeronaves a serem entregues, por isso somos a única companhia que pode oferecer crescimento a Portugal", diz Michael O'Leary, à margem do evento. 

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"Parte desse plano é reabrir a base em Ponta Delgado, apesar de termos perdido dinheiro a fazê-lo. Mas enquanto conseguirmos crescer em Lisboa, Faro e Porto, vamos continuar a investir dinheiro e a crescer em Ponta Delgada também", admite. 

Ainda assim, o chefe da Ryanair admite que o pedido foi "enviado há cinco meses ao Governo e desde então que está a ganhar pó". O'Leary aproveita para lançar críticas aos atrasos que se fazem sentir em Portugal, principalmente junto das instâncias governamentais.

"O Governo não quer crescer. Falam em abrir Alcochete, mas só para 2037 e nada acontece. O Governo precisa de colocar o pé no acelerador", sustenta. 

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Este plano abordado por Michael O'Leary poderia "duplicar o número de rotas, incluindo voos domésticos para mais de 320. Teríamos 16 novas aeronaves com base em Portugal e um investimento de 1,6 mil milhões de euros a injetar no turismo português". 

O plano de crescimento da companhia aérea permitira, segundo o CEO, "entregar crescimento fora da época alta e em aeroportos regionais, havendo muito menos sazonalidade em Faro, Ponta Delgada e no Funchal".

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