Turkish Airlines junta-se a mais seis companhias e suspende voos para a Venezuela

As outras seis companhias aéreas que suspenderam os seus voos são a TAP (Portugal), Gol (Brasil), Avianca (Colômbia), Latam (Chile) e Caribbean Airlines (Trinidad e Tobago-Jamaica).
O cancelamento dos voos coincide com o envio de tropas militares por Washington para o mar do Caribe.
Carlos Becerra/Bloomberg
Lusa 21:07

A companhia aérea Turkish Airlines cancelou os seus voos previstos para a Venezuela entre segunda e sexta-feira, juntando-se assim a outras seis companhias aéreas, incluindo a TAP, que cancelaram voos devido à instabilidade na região. A informação foi avançada pela agência espanhola de notícias, a Efe, citando a presidente da Associação de Linhas Aéreas da Venezuela (ALAV), Marisela de Loaiza.

A decisão da companhia aérea turca também foi confirmada por um agente de atendimento ao cliente. "Alguns voos foram cancelados entre essas datas (24 e 28 de novembro), mas não todos", indicou à Efe, embora não tenha especificado os dias.

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A medida da Turkish Airlines foi tomada depois do aviso da Administração Federal de Aviação dos EUA para "extremar a precaução" ao sobrevoar o território venezuelano e o sul das Caraíbas devido a "uma situação potencialmente perigosa na região".

As outras seis companhias aéreas que suspenderam os seus voos são a TAP (Portugal), Gol (Brasil), Avianca (Colômbia), Latam (Chile) e Caribbean Airlines (Trinidad e Tobago-Jamaica), segundo a presidente da ALAV.

Por sua vez, as companhias aéreas venezuelanas Laser, Estelar e Venezolana de Aviación e a colombiana Wingo informaram que operam normalmente na Venezuela.

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A Venezolana de Aviación tem um voo internacional para o Panamá e a Laser oferece rotas para Espanha e Curaçao, enquanto a Estelar viaja tanto para o país centro-americano como para o europeu.

O cancelamento dos voos coincide com o envio de tropas militares por Washington para o mar do Caribe, que o presidente norte-americano, Donald Trump, afirma ser para combater o narcotráfico, mas que o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, interpreta como uma "ameaça de invasão" e tentativa de promover uma "mudança de regime" na Venezuela.

A TAP já tinha cancelado os voos TP170 de sábado e da próxima terça-feira para a Venezuela, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país, indicou a empresa.

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Numa nota enviada à agência Lusa, a TAP explica que a decisão "decorre de informação emitida pelas autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos da América, que indica não estarem garantidas as condições de segurança no espaço aéreo venezuelano, nomeadamente na zona de informação de voo Maquetía".

Adianta que "todos os passageiros foram informados do cancelamento e de que poderão, caso entendam, proceder ao pedido de reembolso", lamentando "o inconveniente causado" por uma decisão que "visa garantir a segurança dos passageiros e tripulação".

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA emitiu sábado um aviso aos operadores de voos comerciais aconselhando-os a "extremar a precaução" ao sobrevoarem a Venezuela e o sul das Caraíbas, devido ao que considera "uma situação potencialmente perigosa na região".

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"Recomenda-se aos operadores que extremem a prudência ao operar na região de informação de voo de Maiquetía [correspondente ao espaço aéreo controlado pela Venezuela, que inclui também parte das Caraíbas sul e oriental] a todas as altitudes, devido ao deterioramento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela ou seus arredores", refere a FAA no comunicado.

Desde agosto que Washington mantém uma importante presença militar na zona, com destaque para meia dúzia de navios de guerra, oficialmente para combater o tráfico de droga com destino aos Estados Unidos.

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