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Lançado concurso de 40 milhões para requalificar Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha

O concurso para a requalificação da Linha ferroviária do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, no valor de 40 milhões de euros, foi hoje publicado em Diário da República (DR).

comboio ferrovia
comboio ferrovia João Cortesão
12 de Outubro de 2020 às 12:57

A empreitada vai decorrer durante um ano e 10 meses, abrangendo 44 quilómetros da linha e atravessando os concelhos de Torres Vedras, Cadaval (distrito de Lisboa), Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha, de acordo com o anúncio do procedimento.

A empresa responsável, a Infraestruturas de Portugal (IP), explicou que a obra consiste na eletrificação integral do troço e modernização da linha férrea, reabilitação dos edifícios e condições de acessibilidade nas estações de Torres Vedras, Ramalhal, Outeiro, Bombarral e Caldas da Rainha e nos apeadeiros de Paúl, São Mamede, Dagorda e Óbidos, com a criação de acessos para pessoas com mobilidade condicionada às plataformas de passageiros e alteamento das plataformas de modo a facilitar a entrada e saída do comboio.

A intervenção engloba também a renovação pontual e retificação do traçado da via e construção de um novo traçado numa extensão de dois quilómetros na freguesia de Campelos e Outeiro da Cabeça, no concelho de Torres Vedras, "com o intuito de potenciar a circulação de comboios convencionais à velocidade de 140 quilómetros/hora".

A construção de uma nova linha no apeadeiro de São Mamede, convertida em estação, o reforço da segurança rodoviária e ferroviária com a automatização e supressão de quatro passagens de nível, a melhoria das condições de atravessamento rodoviário, com a construção de quatro passagens desniveladas, e a instalação de sinalização eletrónica, para reforçar as condições de segurança e circulação ferroviárias, estão também previstas.

A autorização para a empreitada foi dada pelo Governo em 18 de setembro, através da portaria publicada em DR, repartindo os custos por 2021 (14,7 milhões), 2022 (23,5 milhões) e 2023 (1,7 milhões), uma vez que se trata de uma obra com "execução plurianual".

Englobada no programa de modernização da Ferrovia 2020, a modernização da Linha do Oeste, um investimento total de 155 milhões de euros, foi dividida em duas empreitadas.

A primeira, entre Sintra e Torres Vedras, no distrito de Lisboa, foi lançada a concurso em julho de 2019, pelo valor de 61,5 milhões de euros e, em março deste ano, foi adjudicada ao consórcio Gabriel A. S. Couto, S.A./M. Couto Alves, S.A./Aldesa Construcciones, S.A.

Depois de obtido o visto do Tribunal de Contas ao contrato, a IP "prevê que a empreitada possa ser consignada no início do mês de novembro, dando início aos trabalhos".

A empreitada contempla a criação de dois novos desvios para permitir o cruzamento de comboios sem necessidade de paragem, um deles entre a estação de Mira Sintra-Meleças e o apeadeiro de Pedra Furada, e o segundo entre a estação da Malveira e o quilómetro 44,3 (a sul do Túnel da Sapataria, no Sobral de Monte Agraço).

Está também planeada a eletrificação integral desse troço, a beneficiação de cinco estações e seis apeadeiros, a automatização e supressão de passagens de nível, a construção de nove passagens desniveladas, a reabilitação estrutural e o rebaixamento da plataforma ferroviária para colocação da catenária nos túneis de Sapataria, Boiaca, Cabaço e Certã, a instalação da sinalização eletrónica e das comunicações, assim como do sistema de retorno de corrente de tração e terras de proteção.

O investimento total é comparticipado por fundos comunitários em cerca de 39%.

A modernização da Linha do Oeste entre as estações de Mira Sintra/Meleças (Sintra) e Caldas da Rainha tem como principais objetivos melhorar a eficiência, reforçar a competitividade do sistema ferroviário, através do aumento da capacidade, e reduzir os tempos de trajeto, adequados aos níveis de procura e fluxo de passageiros.

"A utilização de material circulante de tração elétrica, a otimização do traçado de via e a instalação da sinalização e telecomunicações ferroviárias no troço até Caldas da Rainha possibilitará a redução do tempo de percurso entre Caldas da Rainha - Lisboa e Torres Vedras - Lisboa em cerca de 30 minutos" e "o aumento da oferta das atuais 16 circulações para 48", em ambos os sentidos, estimou a IP.

O investimento vem também contribuir para a redução dos custos energéticos, emissões de dióxido de carbono e níveis de ruído, assim como para o aumento da segurança e da fiabilidade na linha.

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