Mário Ferreira cancela baptismo de navio-hotel após “acto de guerra” de Leixões
O "Douro Splendour", a 14.ª embarcação da Douro Azul no rio Douro, tinha inauguração marcada para 5 de Maio, mas as polémicas obras promovidas pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) no cais de Vila Nova de Gaia, que foram entretanto suspensas, levaram Mário Ferreira a cancelar o evento.
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"Já não vai haver inauguração. Pela primeira vez, não vamos fazer a festa de baptismo de um novo navio-hotel", adiantou o dono da Douro Azul ao Negócios.
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"A decisão tem a ver com a confusão gerada com as obras da APDL no cais de Gaia, pelo que considerei que não estavam reunidas as condições técnicas nem de segurança para se pudesse montar a tenda com vista à realização do evento de baptismo", explicou o empresário.
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Sem inauguração formal, o "Douro Splendour" entra em operação dentro de aproximadamente duas semanas. "Já cá está [no cais de Gaia] o navio-hotel, os primeiros clientes embarcam no dia 10 de Maio", revelou Mário Ferreira.
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Construído nos estaleiros navais de Viana do Castelo pela West Sea, empresa do grupo Martifer, num investimento superior a 12 milhões de euros, o novo navio-hotel do maior operador turístico do rio Douro ficará ao serviço do grupo internacional Riviera - com um contrato de cinco anos com a Douro Azul, representando uma facturação garantida de quatro milhões de euros por ano.
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APDL dá razão aos operadores turísticos e adia a execução da obra
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Esta segunda-feira, 24 de Abril, Mário Ferreira tinha classificado como "um verdadeiro acto de guerra" por parte da APDL, que tinha mandado, no dia anterior, "levantar o piso do cais de embarque em plena época alta de cruzeiros".
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"É frustrante. Todo o trabalho de promoção que é e foi feito vai por água-a-baixo", comentou então Mário Ferreira. "Vamos ver se existe o bom-senso de suspender de imediato estas obras até Novembro", rematava.
E assim aconteceu. Nesse mesmo dia, após reunião com os operadores turísticos que operam no cais de Gaia, a APDL decidiu suspender as obras. "Na sequência da reunião com os operadores, e ponderados os argumentos apresentados, foi decidido recalendarizar a execução da obra e diferi-la para momento em que os impactos na operação sejam mais reduzidos", avançava a APDL, em comunicado.
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Antes da reunião, vários operadores manifestaram-se "revoltados" por causa do início da obra. Em comunicado conjunto, afirmavam que o cais estava "transformado em estaleiro de obras, em plena época alta do turismo" e alertavam para a dificuldade em "gerir todo o fluxo de operacionalização nesta fase".
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