Funcionários da Didi impedidos de vender ações até à entrada em bolsa em Hong Kong
Os funcionários da Didi, plataforma de transporte privado dominante na China, foram avisados de que não podem exercer os direitos inerentes às ações até que a empresa conclua a listagem na bolsa de Hong Kong, de acordo com uma comunicação interna a que o South China Morning Post teve acesso.
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A Didi anunciou, este mês, que planeia abandonar a bolsa de Nova Iorque, estando agora a impedir os trabalhadores de obter ganhos com a venda das ações cotadas nos Estados Unidos até que novas estejam disponíveis em Hong Kong. Isto quando, antes da nova "regra", os funcionários podiam alienar os seus títulos a partir de janeiro, explica o mesmo jornal.
A regra aplica-se não só aos atuais funcionários como àqueles que deixaram a empresa nos últimos seis meses.
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Uma das razões avançadas pela Didi prende-se com o facto de ter de fornecer informação ao regulador norte-americano relativamente ao seu plano de incentivo de ações. No memorando, refere o jornal, a empresa cita ainda regras internas relativamente a dados não públicos de relevo e faz referência à prevenção de abusos de informação privilegiada.
A suspensão acontece quase meio anos depois de a gigante Didi ter escolhido Wall Street para realizar a sua oferta pública inicial (IPO, em inglês), que lhe permitiu 4,4 mil milhões de dólares, naquela que foi a maior operação do tipo por parte de uma empresa chinesa desde a Alibaba, em 2014.
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Poucos dias depois, a Administração do Ciberespaço da China anunciou uma investigação à segurança informática da empresa, a qual continua em aberto, numa altura em que a Didi ainda não revelou o calendário para a entrada na bolsa de Hong Kong.
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