Só três países não cortaram dividendos na Europa. Portugal foi um deles
Portugal foi o segundo país da Europa, excluíndo o Reino Unido, que mais aumentou o valor a ser pago aos acionistas no segundo trimestre deste ano, com uma subida de 1,9% em termos homólogos, de acordo com um estudo da gestora de investimentos Janus Henderson. Numa altura em que quase todos os países do continente cortaram dividendos, em Portugal subiram, mas este desempenho beneficia do efeito cambial, uma vez que o relatório calcula os dividendos em dólares.
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Assim, só a Irlanda conseguiu um aumento superior no montante total (7,9%) nos dividendos já corrigido de efeitos de sazonalidade, e excluindo os dividendos extraordinários e os efeitos cambiais. No resto da Europa, para além da Irlanda e Portugal, só a Dinamarca registou também um aumento (+0,8%). É de notar ainda que a Janus Henderson analisa os dividendos das 1.200 maiores empresas mundiais em capitalização bolsista, mas para a comparação de países inclui também empresas de menor dimensão, calculando o dividendo como uma proporção fixa dos dividendos pagos pelas maiores empresas, o que pode conduzir a algumas distorsões.
É de notar ainda que a Janus Henderson analisa os dividendos das 1.200 maiores empresas mundiais em capitalização bolsista, mas para a comparação de países inclui também empresas de menor dimensão, calculando o dividendo como uma proporção fixa dos dividendos pagos pelas maiores empresas, o que pode conduzir a algumas distorsões.
Todas as regiões tiveram uma queda nos dividendos, menos a América do Norte, onde as empresas canadianas se mostram resilientes. Em todo o mundo, 27% das maiores empresas cortaram os seus dividendos. O continente europeu foi o mais afetado, com mais de metade das empresas a optarem por reduzir os pagamentos.
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O BCE recomendou os bancos do "velho continente" para suspenderem o pagamento de dividendos pelo menos até ao final deste ano, eliminando as esperanças dos investidores que aguardavam por uma retoma na distribuição já a partir do quarto trimestre.
Em contraste, os dividendos das empresas de tecnologia, telecomunicações e saúde não foram afetados, com os dividendos a subir 1,8% e 0,1%, respectivamente, em termos homólogos.
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