Coronavírus abala Wall Street. Mas cotadas dos produtos de limpeza estão a faturar

As bolsas do outro lado do Atlântico fecharam em baixa, com o Dow Jones a apagar os ganhos de 2020 e o S&P 500 a registar a maior queda em quase quatro meses. As cotadas do turismo e dos microprocessadores foram as mais penalizadas. Mas nem todos os setores perdem. Com os receios crescentes em torno do vírus mortal com origem na China, as empresas ligadas aos produtos de limpeza estão a ganhar terreno.
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EPA
Carla Pedro 27 de Janeiro de 2020 às 21:14

O Dow Jones encerrou a recuar 1,57% para 28.535,80 pontos, tendo "zerado" os ganhos do acumulado do ano e entrado no vermelho – a ceder agora 0,01% desde 1 de janeiro.

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Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 cedeu 1,57% para 3.243,63 pontos, depois de ter chegado a cair 1,85% – a perda mais acentuada numa só sessão desde 2 de outubro.

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Também o tecnológico Nasdaq Composite fechou em baixa, a desvalorizar 1,89% para 9.139,31 pontos.

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Tratou-se da segunda sessão consecutiva de perdas para o S&P 500 e para o Nasdaq, ao passo que o Dow já cai há cinco jornadas.

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Os receios crescentes em torno da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) causada por um coronavírus que surgiu na cidade de Wuhan, na China, têm estado a penalizar as bolsas de todo o mundo e no arranque desta semana a tendência agudizou-se.

 

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As cotadas dos microprocessadores, linhas de cruzeiros e operadores de casinos estiveram entre as maiores perdas, numa altura em que os investidores fogem das empresas com ligações estreitas à China.

 

Mas nem todos os setores saem a perder. Os títulos das empresas ligadas aos produtos de limpeza e desinfetantes estiveram a capitalizar este medo generalizado e ganharam terreno em bolsa.

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Exemplo disso foram as ações da Clorox, Procter & Gamble, Colgate Palmolive e Kimberly-Clark.

 

"Uma epidemia pode ser boa para as vendas de desinfetantes: em 2019, quando os consumidores recearam a propagação da gripe suína, as vendas de gel desinfetante das mãos dispararam 70% ao longo de um período de seis meses, segundo a empresa de estudos de mercado Nielsen.

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"Mas as ações não estão necessariamente a subir por os investidores esperarem vender uma tonelada de produtos de limpeza. Estas empresas são ações defensivas, e os investidores costumam preferi-las em períodos de volatilidade", frisa a CNN.

 

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As cotadas da energia também tiveram um desempenho generalizadamente negativo, penalizadas pela forte queda das cotações do petróleo – devido aos receios de que o coronavírus mortal possa penalizar a procura.

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