CTT afundam para novo mínimo histórico após resultados  

As acções dos CTT estão a reagir em forte queda aos resultados de 2016, publicados no final da sessão de quinta-feira, negociando de novo abaixo dos 5 euros.
ctt Francisco Lacerda
Miguel Baltazar/Negócios
Nuno Carregueiro 10 de Março de 2017 às 08:42

Os CTT já tinham alertado o mercado que os resultados de 2016 iriam ficar abaixo das estimativas iniciais, mas mesmo assim o mercado está a reagir de forma desfavorável aos números publicados após o fecho da sessão de ontem.

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As acções estão a recuar 4,35% para 4,793 euros, tendo já recuado um máximo de 5,39% para 4,741 euros, uma cotação que corresponde a um novo mínimo histórico. Desde o início do ano os títulos já acumulam uma queda de 25,3% e a capitalização bolsista é de 721,5 milhões de euros.

A empresa liderada por Francisco Lacerda anunciou ontem que os lucros de 2016 desceram 13,7% para 62,2 milhões de euros. O valor saiu abaixo do previsto pelos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para que os CTT terminassem o ano com um lucro médio de 63,7 milhões de euros.

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Na nota diária enviada hoje aos clientes, o CaixaBI salienta que os "resultados foram negativos com uma pressão considerável a nível do EBITDA, nomeadamente no Correio", onde se registou uma queda de 47,8% em termos homólogos.

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O EBITDA dos CTT caiu 24,2% para 102,1 milhões de euros, com a margem a situar-se nos 17,2%. Excluindo o Banco CTT, o EBITDA desceu 11,7% para 129 milhões de euros, uma queda superior à previsão reportada no final de Janeiro, quando a empresa emitiu um comunicado a rever em baixa as suas estimativas para o ano passado devido essencialmente ao último trimestre de 2016.

O CaixaBI destaca pela negativa a "diminuição no consumo por parte da Autoridade Fiscal com um impacto de 10 milhões de euros nas receitas consolidadas".

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Os CTT reafirmaram o compromisso de pagar este ano um dividendo de 48 cêntimos por acção, uma remuneração que tendo em conta a cotação actual pressupõe uma rentabilidade na ordem dos 10%.

Na conferência de imprensa para apresentar os resultados, a gestão da cotada mostrou confiança no banco e nas encomendas para crescer em 2017, assinalando que que se a queda do tráfego de correio for de 4% a 5% este ano conseguirá estabilizar o EBITDA.

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Na nota onde comenta os resultados de 2016, os analistas do BPI destacam as novas perspectivas de resultados avançadas pela empresa situam-se abaixo do anterior "outlook", tendo reafirmado a recomendação de "neutral", com um preço-alvo de 6,80 euros para o final deste ano.

As receitas no quarto trimestre ficaram 1% abaixo das previsões do BPI, enquanto o EBITDA teve um desvio negativo de 10%.

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(notícia actualizada com comentário do BPI)

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