Intel e Amazon arrastam Wall Street para terreno negativo
O Dow Jones encerrou a cair 0,80% para 24.461,70 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,63% para 2.749,76 pontos.
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Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,88%, fechando a valer 7.712,95 pontos – depois de ontem ter chegado a marcar um novo máximo histórico nos 7.806,60 pontos.
Depois de ontem o Nasdaq ter sido impulsionado pelas cotadas de media e tecnologia, que tiveram os melhores desempenhos em Wall Street, hoje foram as tecnológicas que mais pesaram na performance.
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A Intel fechou a desvalorizar 2,38% para 52,19 dólares, castigada pelo facto de Brian Krzanich ter anunciado que vai abandonar a liderança da empresa, depois de uma investigação interna ter revelado que o CEO manteve uma relação amorosa com uma funcionária.
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Também a Amazon pesou negativamente na tendência desta quinta-feira, a recuar 1,13% para 1.730,22 dólares. Isto no dia em que o Supremo Tribunal dos EUA decretou que os Estados norte-americanos podem obrigar as retalhistas online a pagarem impostos sobre as vendas.
O Supremo dos EUA determinou que os Estados pode forçar as empresas de comércio electrónico a pagarem (potencialmente) milhares de milhões de dólares em impostos sobre as vendas realizadas no seu território.
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Este acórdão retira uma grande vantagem às retalhistas online sobre as empresas com lojas físicas.
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O Supremo deu razão ao Dakota do Sul depois de três retalhistas online – Wayfair, Overstock e Newegg – que vendem naquela zona terem desafiado o pedido de cobrança de impostos sobre as suas vendas e deitou assim por terra um precedente de 1992 que proibia os Estados de exigirem o pagamento de impostos às empresas "sem presença física" naquele Estado.
As três empresas em questão – às quais se juntaram a Etsy e eBay – perderam terreno e a Amazon acabou por liderar as perdas do sector, dados os receios de que este acórdão leve outros Estados a quererem também cobrar impostos sobre as vendas realizadas no âmbito do comércio electrónico.
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Esta decisão da Justiça abre caminho a um fluxo adicional de receitas para os cofres estaduais – segundo um relatório federal citado pela Reuters, esse valor pode ascender a 13 mil milhões de dólares.
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Neste momento, 45 dos 50 Estados norte-americanos já cobram impostos sobre as vendas das retalhistas online.
Este acórdão segue-se às fortes críticas do presidente norte-americano, dirigidas à Amazon, que é a líder neste sector. Donald Trump apontou a mira à retalhista liderada por Jeff Bezos, dizendo que penalizava o país ao pagar impostos inferiores ao que devia.
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A Amazon paga actualmente impostos sobre as compras directas no seu website, mas não paga sobre a mercadoria vendida por terceiros na sua plataforma – e isso representa cerca de metade das suas vendas totais.
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