Morgan Stanley vê inversão de ciclo nas bolsas europeias

O banco adianta que os indicadores apontam para que o mercado bolsista da Zona Euro tenha entrado numa "fase negativa", com os activos de maior risco a apresentarem a pior prestação.
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Reuters
Negócios com Bloomberg 12 de Setembro de 2016 às 15:59

Os analistas do Morgan Stanley acreditam que a tendência negativa que afecta os mercados bolsistas europeus desde meados da semana passada poderá representar o início de um ciclo de quedas mais fortes nas acções.

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De acordo com um relatório publicado no domingo, citado pela Bloomberg, os indicadores económicos e de rotação de activos apontam para que as bolsas europeias tenham entrado num ciclo negativo, que será mais penalizador para os activos de maior risco.

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As bolsas europeias estão esta segunda-feira em forte queda, penalizadas receios dos investidores sobre a possibilidade dos bancos centrais estarem menos disponíveis para continuar a apoiar o crescimento económico com uma política monetária mais expansionista.

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Na quinta-feira, o Banco Central Europeu deixou inalterada a sua política de estímulos e um dia depois o presidente da Reserva Federal de Boston alimentou a expectativa de aumento de juros nos EUA já em Setembro, o que empurrou Wall Street para fortes quedas nessa sessão.

 

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O Morgan Stanley sustenta a sua análise mais negativa com o facto de terem estagnado vários indicadores cíclicos nos principais mercados desenvolvidos, o que sugere uma alteração da fase do ciclo nos mercados de "expansão" para "negativa".

 

Dados do Bank of America apontam para que os investidores estejam a retirar dinheiro dos fundos de acções europeus há 31 semanas, o período mais longo de sempre.

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Depois do choque que resultou em fortes perdas para os mercados com o resultado do referendo no Reino Unido, as acções europeias recuperaram com o Stoxx 600 a valorizar cerca de 14% no espaço de dois meses.

 

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"Era apenas uma questão de tempo para acontecer este ‘sell off’ dado que os mercados registaram uma recuperação notável desde o Brexit, mesmo que os fundamentais não tenham melhorado da mesma forma", disse à Bloomberg Ralf Zimmermann, analista do Bankhaus Lampe, na Alemanha.

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