Plano de Biden para o clima "oferece" dividendo aos acionistas da EDP
Os acionistas da EDP terão razões para sorrir. Hoje, no dia em que a empresa começou a descontar o dividendo, as suas ações em bolsa valorizaram, o que significa que os detentores de títulos da energética, para além de terem direito aos 19 cêntimos referentes a esta remuneração, ainda ficam com uma ação mais valiosa face ao preço de ontem.
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Por norma, quando uma empresa começa a descontar o dividendo em bolsa - uma operação que ocorre dois dias antes do início da distribuição desta remuneração - as ações tendem a desvalorizar, uma vez que ao preço da cotação é descontado o valor do dividendo por ação.Mas na sessão desta quinta-feira, as ações da EDP registaram um ganho de 0,18% para os 4,938 euros por ação. Neste caso, sendo o montante a distribuir pelos acionistas de 19 cêntimos e tendo por base o valor do fecho de ontem, a variação sem este desconto seria de 4,03%, de acordo com os cálculos do Negócios. A justificar esta subida (que na prática "oferece" um dividendo) estará o plano de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sobre as emissões dos gases poluentes. Hoje, numa cimeira climática virtual promovida por Washington, o líder da Casa Branca disse que quer reduzir em pelo menos metade as emissões de gases poluentes até ao final desta década, o que confirma a intenção americana de recuperar uma posição de liderança global no combate à crise climática. Os comentários de Biden deram força a todo o setor das "utilities" na Europa, as empresas produtoras de energia, que liderou os ganhos entre os setores na região. A outra empresa do grupo EDP, a EDP Renováveis, escalou 7,06% para os 20,78 euros por ação, o que representa um máximo desde meados de fevereiro e o maior ganho diário desde janeiro deste ano. A EDP volta então a pagar o mesmo dividendo de 19 cêntimos este ano, referente ao exercício do ano passado, mantendo-se em linha com o montante que é distribuído pelos acionistas desde 2017, que corresponde a uma remuneração total de 755 milhões de euros, a distribuir por quase 4 mil milhões de ações. Deste universo de ações, 319 milhões de títulos foram emitidos no ano passado, quando a empresa efetuou um aumento de capital de mil milhões de euros. A EDP fechou o exercício de 2020 com resultados líquidos de 801 milhões de euros, pelo que vai entregar aos acionistas 94% dos lucros do ano passado. Ainda assim o "payout" é inferior ao do ano passado, em que pagou aos acionistas mais do que os lucros obtidos.
A justificar esta subida (que na prática "oferece" um dividendo) estará o plano de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sobre as emissões dos gases poluentes. Hoje, numa cimeira climática virtual promovida por Washington, o líder da Casa Branca disse que quer reduzir em pelo menos metade as emissões de gases poluentes até ao final desta década, o que confirma a intenção americana de recuperar uma posição de liderança global no combate à crise climática.
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Os comentários de Biden deram força a todo o setor das "utilities" na Europa, as empresas produtoras de energia, que liderou os ganhos entre os setores na região. A outra empresa do grupo EDP, a EDP Renováveis, escalou 7,06% para os 20,78 euros por ação, o que representa um máximo desde meados de fevereiro e o maior ganho diário desde janeiro deste ano.
A EDP volta então a pagar o mesmo dividendo de 19 cêntimos este ano, referente ao exercício do ano passado, mantendo-se em linha com o montante que é distribuído pelos acionistas desde 2017, que corresponde a uma remuneração total de 755 milhões de euros, a distribuir por quase 4 mil milhões de ações.
Deste universo de ações, 319 milhões de títulos foram emitidos no ano passado, quando a empresa efetuou um aumento de capital de mil milhões de euros.
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A EDP fechou o exercício de 2020 com resultados líquidos de 801 milhões de euros, pelo que vai entregar aos acionistas 94% dos lucros do ano passado. Ainda assim o "payout" é inferior ao do ano passado, em que pagou aos acionistas mais do que os lucros obtidos.
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