Volkswagen sobe mais de 4% após "forte" arranque do ano
A Volkswagen segue a somar em bolsa e a aproximar-se de máximos de quase um ano, depois de uma apresentação de resultados que mostra uma quebra nos lucros operacionais mas que, ainda assim, surpreendeu os analistas pela positiva.
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A Volkswagen está a subir 3,73% para os 165,60 euros, depois de já ter chegado a tocar os 166,70 euros, na sequência de uma subida de 4,42%. Este registo aproxima-se do máximo de quase um ano atingido no passado dia 23 de abril (167,40 euros).
O JPMorgan, que tem a recomendação de overweight para as ações da fabricante de automóveis, conclui que "o início do ano foi forte, maioritariamente devido ao desempenho individual das marcas". A Jefferies, que aconselha os investidores a "manterem" os títulos, aponta também um "começo forte" com base nos lucros mas classifica o dinheiro em caixa como "algo desapontante".
"Para a maioria das empresas que nós cobrimos, o primeiro trimestre foi um desafio significativo", comentou a Evercore, citada pela Bloomberg, que continua: "tendo isto em conta, a Volkswagen fez um trabalho decente e continuamos a acreditar que o desempenho fundamental e eventuais oportunidades futuras não estão refletidos na avaliação – especialmente em termos comparativos com outros títulos do setor automóvel".
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A Volkswagen reportou um resultado operacional de 3,9 mil milhões de euros até março, o que corresponde a uma quebra de 7,1%. A pressionar estiveram sobretudo as quedas nas vendas das marcas Audi e Porsche. As receitas avançaram 3,1% para os 60 mil milhões de euros no mesmo período, apesar das quebras nas encomendas. As encomendas na Porsche e Audi caíram 3,6% e 12%, respetivamente, com ambas as marcas a debaterem-se com as exigências dos novos testes de emissões na Europa.
A trajetória descendente acontece de mãos dadas com a quebra da procura no mercado chinês, no qual a Volkswagen vendeu 42% dos seus veículos no ano passado. O mercado automóvel no gigante asiático já contrai há 10 meses consecutivos, mas o CEO da fabricante alemã, Herbert Diess, disse em abril que previa uma segunda metade de 2019 de recuperação.
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