Wall Street cede e afasta-se de recordes. Trump continua a ofensiva comercial
As bolsas nova iorquinas recuaram de máximos históricos atingidos na sessão anterior, isto porque Donald Trump - que na quinta-feira ao longo da sessão se tinha remetido ao silêncio quanto a novas tarifas - voltou com novos anúncios já depois do fecho dos mercados. Assim, os investidores estiveram hoje a reagir às tarifas de 35% aplicadas às importações do Canadá e à ameaça de uma taxa entre 15% a 20% sobre quase todos os países.
Ainda que sem novos acordos comerciais assinados ao longo de mais uma semana, Washington parece estar a negociar, pelo menos, com a Índia e a União Europeia - que ainda não recebeu a carta que lhe foi prometida.
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Os analistas dizem que o mercado parece estar em baixa com o intensificar da guerra comercial por parte de Donald Trump. Há, no entanto, quem acredita que a política comercial norte-americana melhore no segundo semestre, como é o caso do UBS, citado pela Bloomberg, com a média das tarifas a fixar-se em 15% no final do ano, sem provocar uma recessão.
Neste contexto, o S&P 500 desceu 0,33% para 6.259,75 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,22% para 20.585,53 pontos. Já o industrial Dow Jones recuou 0,63% para 44.371,51 pontos.
Os investidores estão agora focados numa possível recuperação das ações norte-americanas à boleia da época de resultados empresariais, que acelera na próxima semana com a banca, antes de o mercado perder força no final do ano, de acordo com os estrategas do Bank of America.
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Ainda assim, Wall Street espera muito pouco das empresas cotadas no S&P 500 nesta "earnings season", com os analistas a anteciparem que os lucros do "benchmark" subam apenas 2,8% face ao período homólogo - a taxa de crescimento mais lenta desde 2023.
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