Wall Street de volta ao verde com ajuda do mercado laboral. Tesla recupera
Os principais índices norte-americanos terminaram a derradeira sessão da semana em alta, impulsionados por um mercado laboral mais resiliente do que antecipado. Apesar de uma desaceleração do emprego dar mais argumentos para a Reserva Federal (Fed) cortar nas taxas de juro, os investidores estão receosos com a vitalidade da economia norte-americana, numa altura em que a política comercial de Trump continua a assombrar os mercados.
Novos dados revelam que, em maio, os EUA criaram 139 mil postos de trabalho, um valor que fica ligeiramente acima das expectativas dos analistas, mas bastante abaixo da criação de emprego de abril. "Estes dados, aliados a uma taxa de desemprego estável, só vêm demonstrar a resiliência do mercado laboral norte-americano face aos mais recentes choques", afirma Lindsay Rosner, analista do Goldman Sachs Asset Management, à Reuters.
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Perante estes dados, os investidores acreditam que a Fed continua com bastante espaço de manobra na próxima reunião, mesmo com Donald Trump a voltar à carga e a pressionar o presidente do banco central para cortar as taxas de juro - desta vez, com um corte de 100 pontos base, ou seja, um ponto percentual. Os mercados apontam para um corte apenas em setembro e outro no final do ano.
Neste contexto, o S&P 500 acelerou 1,03% para 6.000,36 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresceu 1,05% para 42.762,87 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avançou 1,20% para 19.529,95 pontos. Na sessão passada, Wall Street foi penalizada pela troca de acusações entre Elon Musk, CEO da Tesla e antigo consultor do Presidente dos EUA, e Donald Trump, que atirou a fabricante de veículos elétricos para a pior sessão em quatro anos.
As ações da Tesla chegaram a tombar mais de 17%, tendo encerrado com uma queda de 14,2%, nos 284,90 dólares, o que retirou o estatuto de "billion dollar baby" à empresa, ao perder cerca de 150 mil milhões em capitalização bolsista. Esta sexta-feira, a Tesla recuperou parte dessas perdas, ao avançar 3,67% para 295,14 dólares, apesar de Trump e Musk continuarem em rota de colisão.
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Entre as principais movimentações, a Broadcom - conhecida por ser a "oitava magnífica - cedeu 5,00% para 246,93 dólares, apesar de até ter registado um aumento homólogo dos lucros de 44% para 7,8 mil milhões de dólares no seu segundo trimestre fiscal. No entanto, os investidores ficaram desiludidos com as previsões para o terceiro trimestre da empresa, que foram ligeiramente menos otimistas do que o consenso dos analistas.
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