Wall Street de volta ao verde com ajuda do mercado laboral. Tesla recupera

A criação de emprego em maio ficou acima das expectativas e deu força aos principais índices norte-americanos. A Fed fica, assim, com mais margem de manobra na próxima reunião, numa altura em que Trump volta a pressionar o banco central para cortar juros.
Após as quedas da véspera, as bolsas de Nova Iorque fecharam em alta.
DR
Ricardo Jesus Silva 06 de Junho de 2025 às 21:11

Os principais índices norte-americanos terminaram a derradeira sessão da semana em alta, impulsionados por um mercado laboral mais resiliente do que antecipado. Apesar de uma desaceleração do emprego dar mais argumentos para a Reserva Federal (Fed) cortar nas taxas de juro, os investidores estão receosos com a vitalidade da economia norte-americana, numa altura em que a política comercial de Trump continua a assombrar os mercados.

, um valor que fica ligeiramente acima das expectativas dos analistas, mas bastante abaixo da criação de emprego de abril. "Estes dados, aliados a uma taxa de desemprego estável, só vêm demonstrar a resiliência do mercado laboral norte-americano face aos mais recentes choques", afirma Lindsay Rosner, analista do Goldman Sachs Asset Management, à Reuters. 

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Perante estes dados, os investidores acreditam que a Fed continua com bastante espaço de manobra na próxima reunião, mesmo com Donald Trump a voltar à carga e a pressionar o presidente do banco central para cortar as taxas de juro - desta vez, com um corte de 100 pontos base, ou seja, um ponto percentual. Os mercados apontam para um corte apenas em setembro e outro no final do ano. 

Neste contexto, o S&P 500 acelerou 1,03% para 6.000,36 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresceu 1,05% para 42.762,87 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avançou 1,20% para 19.529,95 pontos. Na sessão passada, Wall Street foi penalizada pela , que atirou a fabricante de veículos elétricos para a pior sessão em quatro anos. 

As ações da Tesla chegaram a tombar mais de 17%, tendo encerrado com uma queda de 14,2%, nos 284,90 dólares, o que retirou o estatuto de "billion dollar baby" à empresa, ao perder cerca de 150 mil milhões em capitalização bolsista. Esta sexta-feira, Tesla recuperou parte dessas perdas, ao avançar 3,67% para 295,14 dólares, apesar de Trump e Musk continuarem em rota de colisão. 

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Entre as principais movimentações, a Broadcom - conhecida por ser a "oitava magnífica - cedeu 5,00% para 246,93 dólares, apesar de até ter registado um aumento homólogo dos lucros de 44% para 7,8 mil milhões de dólares no seu segundo trimestre fiscal. No entanto, os investidores ficaram desiludidos com as previsões para o terceiro trimestre da empresa, que foram ligeiramente menos otimistas do que o consenso dos analistas.

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