Instituições financeiras alertam para desvalorização dos criptoativos em 2022

As instituições antecipam uma desvalorização destes ativos no próximo ano, mas continuam a querer aumentar o investimento neste mercado.
Fábio Carvalho da Silva 11 de Dezembro de 2021 às 12:00

Em 2021, os bancos de Wall Street, assim como outras entidades financeiras pelo mundo fora, mesmo contra as convicções pessoais dos seus CEO - como é o caso do JPMorgan Chase -, abriram as portas e os bolsos aos criptoativos.

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Estas instituições foram sobretudo motivadas pelas taxas de crescimento apresentadas por este tipo de ativos. Só o Bloomberg Galaxy Crypto Index, um índice que reúne os principais criptoativos, registou uma taxa de crescimento de cerca de 171% no último ano.

Agora, essas mesmas instituições financeiras acreditam que esta classe de ativos será o principal alvo de desvalorização em 2022, de acordo com um inquérito realizado para a Natixis Investment Managers.

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Das entidades inquiridas, 28% investe em criptomoedas - e, destas, quase um terço planeia aumentar as carteiras deste tipo de ativos no próximo ano.

Entre todos os investidores institucionais ouvidos (ou seja, os que investem e não investem em ativos digitais neste momento), 8% pretende ampliar essa atividade em 2022.

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No total, o somatório de carteiras de criptoativos de todos os inquiridos chega aos 12,3 biliões de dólares.

Nas conclusões do inquérito adianta-se ainda que cerca de 40% dos entrevistados reconheceram a necessidade de haver mais regulação sobre este mercado e uma maior supervisão por parte dos bancos centrais.

O inquérito encomendado pela Natixis foi realizada pela consultora CoreData Research, durante os meses de outubro e novembro, em vários países, junto de 500 investidores institucionais, incluindo quatro bancos centrais, mais de 20 fundos soberanos e cerca de 150 fundos de pensões.

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Em meados de novembro, o Bank of America (BofA) publicou uma nota de "research", onde defende que o mercado tecnológico é "a mãe de todas as bolhas", apontando para uma tendência de declínio no setor no próximo ano.

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No documento, à semelhança do que acontece no estudo da Natixis, os analistas antecipam volatilidade e desvalorizações nos preços das ações das gigantes tecnológicas norte-americanas e dos criptoativos em 2022.

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