Com novo líder em Portugal, Trade Republic alarga oferta aos mercados privados
Pablo López vai substituir Antón Diez como líder do mercado da Península Ibérica. A nova liderança é acompanhada por uma expansão aos mercados privados, com o objetivo de "democratizar o acesso a soluções de investimento sofisticadas", diz a fintech.

A Trade Republic tem um novo líder em Portugal, o segundo no espaço de apenas meio ano. Pablo López Gil-Albarellos vai suceder a Antón Díez como "country manager" de toda a Península Ibérica e traz consigo um novo produto, evoluindo de corretora para gestora de patrimónios. A instituição financeira alemã vai expandir a oferta com uma nova classe de ativos, com o primeiro passo a ser "a entrada nos mercados privados, em parceria com a Apollo e a EQT", de acordo com um comunicado.
"Através da nova plataforma de investimento, os clientes da Trade Republic podem investir a partir de apenas 1 euro e têm a opção de vender mensalmente através do marketplace interno", lê-se no mesmo documento, que afirma ainda que esta oportunidade "contrasta com o mínimo habitual de 10.000 euros exigido pelos fundos e janelas de resgate trimestrais". Durante os primeiros 30 dias de lançamento, a fintech vai oferecer um bónus de 1% em todos os investimentos neste produto - sem limite de montante.
Ao contrário dos mercados acionistas, os mercados privados dizem respeito a investimentos que não estão disponíveis nas bolsas de valores, podendo compreender dívida privada, infraestruturas e "private equity" - normalmente não acessíveis por parte dos investidores de retalho. Com a entrada neste mundo e a aposta num novo líder, a Trade Republic compromete-se a "democratizar o acesso a soluções de investimento sofisticadas, até aqui reservadas a investidores institucionais e de elevado património, ajudando portugueses e espanhóis a responder ao desafio do défice das pensões e a construir riqueza a longo prazo".
A instituição financeira alemã considera que esta oferta permite aos clientes diversificar o seu portefólio de investimentos, através do acesso a empresas privadas que representam 88% da economia e, refere ainda, têm "superado consistentemente os mercados públicos ao longo das décadas". Nos próximos meses, a Trade Republic compromete-se a lançar mais duas classes de ativos.
"Todos na Europa devem ter a oportunidade de investir como os muito ricos — de forma simples, segura e ao menor custo possível. Após a nossa expansão para a banca, com contas à ordem e cartões, este é o marco mais significativo desde a fundação", explica Christian Hecker, co-fundador da Trade Republic, em comunicado. Para Pablo López, esta expansão para o mercado dos privados acontece num mercado com potencial, com "a necessidade urgente de soluções de poupança a longo prazo num país que enfrenta um dos maiores desafios sociais das próximas décadas: o sistema de pensões", refere.
De acordo com dados disponibilizados pela Trade Republic, a instituição financeira já conta com 10 milhões de utilizadores, espalhados por 18 mercados europeus. Ao todo, a fintech gere mais de 150 mil milhões de euros em ativos. No que diz respeito à Península Ibérica, a instituição financeira já com com mais de um milhão de utilizadores, embora não desagregue os dados entre Portugal e Espanha.
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