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"Na Europa o capital de risco não tem profundidade", alerta Ricardo Mourinho Félix

O ex-vice-presidente do BEI diz que quando chega a hora de lançar rondas de investimento de grandes montantes, as empresas acabam por ir para os EUA e Ásia. O atual consultor do BdP deixou ainda claro que é preciso dar passos no sentido de estabelecer uma união do mercado de capitais na Europa.

Ricardo Mourinho Félix Conversa Capital
Ricardo Mourinho Félix Conversa Capital Sérgio Lemos
23 de Maio de 2024 às 13:34

"Na Europa o capital de risco não tem profundidade". O lamento é de Ricardo Mourinho Félix, ex-vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) e foi expressado durante a conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"O capital de risco é fundamental", começou por explicar Mourinho Felix, que atualmente é consultor do Banco de Portugal (BdP). Ora, apesar de este tipo de investimento ser crucial, a realidade é que "na Europa o capital de risco não tem profundidade".

Ou seja, "numa ronda de investimento de escala industrial, as empresas não encontram [capital] e vão para os EUA e para a Ásia. Depois ouvimos falar das Amazon", salientou.

O ex-vice-presidente do BEI partilhou um painel subordinado ao tema da transição energética com Pedro Norton, CEO da Finerge, que admitiu que a reforma do mercado elétrico pode "alterar o perfil de risco, de forma a atrair investidores com maior perfil de risco".

O que também pode promover o financiamento do setor energético é a união do mercado de capitais, um protejo que poderá "ajudar na diversificação do risco", salientou Ricardo Mourinho Félix, que, no entanto, advertiu que é preciso que esta união acelere.

"A união do mercado de capitais é um desafio enorme, com harmonização de tributação de ‘stock options’ [por exemplo]", referiu o consultor do BdP, que recorda que "quando cheguei ao Governo em 2015 foi esta a narrativa que ouvi e desde aí não sei como evoluiu a união do mercado de capitais".

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