Cinco gráficos que explicam a estratégia da OPEP
A OPEP decidiu manter a produção de petróleo, dando continuidade à estratégia de preços baixos para pressionar os concorrentes a diminuir a produção e, assim, assegurar a sua quota de mercado. O grupo, liderado informalmente pela Arábia Saudita, tem sofrido o efeito dos preços baixos nas suas contas, mas os custos baixos de produção permitem minimizar este impacto face aos concorrentes.
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Veja cinco gráficos que explicam a estratégia da OPEP.
Mais produção e manutenção da quota
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A OPEP produziu 31,76 milhões de barris por dia em Outubro, de acordo com os dados do último relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). Um valor acima do então tecto de 30 milhões de barris diários. Tendo em conta este excedente, o grupo decidiu não estabelecer um número oficial para o objectivo de produção nesta reunião. Apesar da oferta do grupo ter caído ligeiramente em Outubro (0,06%) face ao mês anterior, subiu quase 4% em relação ao período homólogo, contribuindo para o aumento do excesso de oferta no mercado. A quota de mercado da OPEP também subiu ligeiramente de 32,2% para 32,71%, e as previsões da AIE apontam para um recuo maior dos EUA no futuro – uma razão para a organização insistir na estratégia.
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Arábia Saudita lidera o grupo
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Iraque foi o país que aumentou mais a produção
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No extremo oposto encontra-se a Líbia, o menor produtor do grupo, que reduziu a sua produção em mais de metade para 430 mil barris diários, afectada pelo conflito no país. A Líbia é um dos seis países, dos 12 estados membros, que reduziu a produção. Petróleo nos 40 dólares desequilibra orçamentos
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Petróleo nos 40 dólares desequilibra orçamentos
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Dos 12 membros, o Qatar consegue atingir o equilíbrio orçamental com o preço mais baixo do petróleo: 55,50 dólares por barril. Um valor ainda assim cerca de 10 euros superior, à actual cotação nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cotava 39,93 dólares, em Nova Iorque.
Mas o barril tem um custo de produção inferior a 10 dólares
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Pelo contrário, produzir um barril no Reino Unido tem um custo médio de 52,50 dólares, acima da actual cotação do Brent, negociado em Londres, que transaccionava nos 43,31 dólares, esta sexta-feira. Os EUA conseguem um custo médio de 36,20 dólares por barril. Com uma queda de 45,8% do preço do WTI desde a reunião da OPEP em Novembro de 2014 (quando o barril transaccionava nos 73,69 dólares), a margem de lucro das petrolíferas norte-americanas também caiu.
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