Europa pintada de vermelho. Investidores cautelosos quanto à política orçamental dos EUA

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
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Kamil Zihnioglu/AP
Ricardo Jesus Silva e Bárbara Cardoso 28 de Maio de 2025 às 17:58
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Europa e Ásia sem rumo em dia de resultados da Nvidia

As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira divididas entre ganhos e perdas, mesmo depois de Wall Street ter acelerado, ainda a beneficiar do otimismo em torno do recuo de tensões comerciais entre EUA e a União Europeia. Já no Velho Continente, as principais praças apontam também para uma abertura sem rumo. 

Pelo Japão, o "benchmark" Nikkei 225 e o abrangente Topix conseguiram escapar à maré vermelha que assolou a Ásia e encerraram com ganhos de 0,31% e 0,42%, respetivamente, apesar da nova emissão de dívida a longo prazo do governo nipónico ter atraído a menor procura desde julho. 

Já na China, os investidores afastaram-se das ações, com o Hang Seng, de Hong Kong, a cair 0,55%, enquanto o Shanghai Composite e o CSI 300 - ambos referentes à negociação continental - encerraram praticamente inalterados em relação à sessão anterior. 

Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi saltou 1,78%, enquanto o S&P/ASX 200 deslizou 0,13%, num dia em que se conheceu a evolução da inflação no país. O índice dos preços no consumidor manteve-se nos 2,4% em abril - um valor acima do esperado pelos analistas, que viam a inflação cair para 2,3%. 

Apesar de ser um dia recheado de dados económicos na Europa, com a primeira leva a mostrar uma queda nos preços das importações na Alemanha, os investidores vão virar as suas atenções para o outro lado do Atlântico. A Nvidia vai apresentar resultados já depois do fecho da sessão e os mercados esperam mais um grande crescimento nos lucros - restas saber se vai ser suficiente para satisfazer os investidores. 

Petróleo recupera mas preços continuam sob pressão

O barril de petróleo está a negociar em alta esta manhã, numa altura em que os mercados tentam equilibrar as perspetivas de uma maior entrada de crude no mercado com um possível endurecimento das sanções norte-americanas à Rússia.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 0,28% para os 61,06 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – ganha 0,25% para os 64,25 dólares por barril. 

Esta quarta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) reúne-se para discutir um provável aumento da produção da matéria-prima, que deve levar à entrada de mais 411 mil barris de crude por dia no mercado. A decisão final só será conhecida sábado.

Caso se confirme, será o terceiro aumento consecutivo na produção de petróleo por parte deste cartel, numa tentativa do grupo de recuperar alguma da quota de mercado perdida com o "fechar" das torneiras. No entanto, o mercado mostra indícios de já estar saturado e a entrada de mais crude pode levar a grande pressão sob os preços.

"O petróleo continua sob grande pressão", afirma Gao Jian, analista da Qisheng Futures, à Bloomberg. O especialista explica que a recuperação registada esta manhã deve-se, em grande parte, "a uma melhoria do sentimento de risco a nível macro", mas também às provocações entre Donald Trump e o seu homólogo russo. 

Ouro ganha com aposta dos investidores no "buy the dip"

A onça de ouro está a negociar em alta esta manhã, numa altura em que os investidores aproveitam as desvalorizações mais recentes para comprar o metal precioso com desconto - o chamado "buy the dip". A atenção dos mercados vira-se agora para a evolução da inflação nos EUA, que vai ser divulgada esta sexta-feira, com os analistas à procura de pistas sobre o futuro da política monetária na maior economia do mundo. 

A esta hora, o ouro avança 0,51% para 3.317,73 dólares por onça, depois de ter caído mais de 1% na sessão anterior, pressionado pelo recuo das tensões comerciais entre EUA e a União Europeia (UE). No domingo, o Presidente dos EUA revelou que iria adiar até 9 de julho a introdução de tarifas de 50% sobre todos os bens importados do bloco de 27 países, como um sinal de abertura para prosseguir negociações com Bruxelas. 

"A queda do ouro abaixo dos 3.300 dólares [na sessão anterior] atraiu alguns compradores. No entanto, ainda existe uma tendência otimista no mercado, apesar do alívio das tensões entre EUA e UE, que está a limitar a extensão da corrida ao ouro - por enquanto", explica Tim Waterer, analista de mercado da KCM Trade, à Reuters. 

Euro inalterado à procura de novos catalisadores

O euro está a negociar inalterado face ao dólar, numa altura em que o gás dado pelo alívio de tensões entre EUA e União Europeia parece já ter evaporado e com os investidores à procura de novos catalisadores para voltarem a apostar na moeda única europeia. Já o iene ganha terreno em relação à "nota verde", depois de ter chegado a desvalorizar mais de 1% na sessão anterior. 

A esta hora, o euro valoriza 0,01% para 1,1329 dólares, enquanto a divisa norte-americana recua 0,11% para 144,17 ienes.

A grande queda da moeda nipónica na sessão de terça-feira explica-se pelas preocupações em torno da estabilidade das contas públicas do Japão, depois de o país ter ido ao mercado da dívida e registado a pior procura por obrigações em mais de uma década. O país está a considerar diminuir as vezes que recorre ao mercado obrigacionista, numa tentativa de fazer baixar o cupão que os investidores exigem para deter dívida japonesa. 

Já nos EUA, a sustentabilidade das contas públicas também continua a ser uma preocupação, principalmente depois da descida de rating da Moody's e a aprovação de um megapacote de isenções fiscais que ameaça agravar o défice em três biliões de dólares. 

O índice do dólar, que chegou a atingir mínimos de dois anos no início da semana, recupera agora 0,06% para 99,58 pontos, mas continua a registar um saldo anual negativo de 8%, com os investidores à procura de ativos fora dos EUA noutros mercados. 

Juros agravam-se na Zona Euro. Procura por dívida japonesa volta a desiludir

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta quarta-feira, depois dos alívios substanciais registados na sessão anterior. A procura por obrigações japonesas a longo prazo voltou a desiludir, com os investidores a continuarem de pé atrás com a sustentabilidade das contas públicas do país, o que causou grande pressão sob as maturidades mais longas por todo o mundo. 

O impacto também se faz sentir nas "yields" de menor prazo, com os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, de referência para a Zona Euro, a avançarem 1,8 pontos base para 2,547% e os das obrigações francesas a subirem 2 pontos para 3,221%. 

Já nos países da Europa do sul, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade agravam-se em 1,8 pontos base para 3,034%, enquanto a "yield" das obrigações espanholas a dez anos cresce 2 pontos para 3,152%. Por sua vez, os juros da dívida italiana ganham também 2 pontos para 3,535%.

Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas salta 3 pontos base para 4,696% e a das "Tresuries" norte-americanas acelera 2,4 pontos para 4,467%. 

Europa avança com cautela impulsionada por novos dados económicos

Os principais índices europeus arrancaram a sessão desta quarta-feira maioritariamente em alta, com Madrid e Amesterdão a serem as únicas praças a destoar deste cenário. Os investidores continuam a digerir o alívio de tensões entre Washington e Bruxelas, numa altura em que todos os olhos estão centrados na apresentação de resultados da Nvidia. 

O Stoxx 600, "benchmark" da negociação europeia, encaminha-se para encerrar a terceira sessão consecutiva em alta, ao valorizar 0,10% para 552,89 pontos, com o setor energético a registar o melhor desempenho entre os seus pares europeus. Já as ações ligadas ao setor mineiro e ao de retalho estão a impedir ganhos mais robustos do principal índice da região.

Na Alemanha, enquanto os investidores aguardam pelos dados do desemprego, os mercados reagem a uma queda inesperada nos preços das importações. Este indicador contraiu em termos homólogos 0,4% em abril, reforçando a tese de uma inflação em queda e dando força ao índice nacional, o DAX, que cresce 0,20% neste momento

Já na França, a leitura final da evolução da economia confirmou um crescimento do PIB em 0,1% no primeiro trimestre do ano, apesar de a procura interna e das exportações do país continuarem bastante débeis. Neste contexto, o principal índice francês CAC-40 acelera 0,16%. 

Num contexto de grande incerteza económica e volatilidade, a empresa gaulesa Soitec chegou a afundar 26% esta manhã, depois de ter suspendido o seu "guidance" para o próximo ano e ter revisto em baixa os seus objetivos a longo-prazo. Já a britânica Kingfisher recua 2,81%, após os resultados do primeiro trimestre da empresa terem ficado abaixo das expectativas do mercado. 

Entre as restantes principais praças da Europa ocidental, Madrid e Amesterdão cedem ambas 0,07%. Já Londres cresce 0,21% e Milão salta 0,71%.  

Euribor volta a cair a três e seis meses para novos mínimos desde finais de 2022

A Euribor desceu hoje a três e a seis e estabilizou a 12 meses em relação a terça-feira, nos dois prazos mais curtos para novos mínimos desde dezembro e outubro de 2022, respetivamente.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,011%, ficou abaixo das taxas a seis e a 12 meses, que se fixaram nos 2,042% e nos 2,056%, respetivamente.

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou para 2,042%, menos 0,014 pontos e um novo mínimo desde 28 de outubro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se estável em 2,056%, o mesmo nível de terça-feira.

Já a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, recuou para 2,011%, menos 0,010 pontos e um novo mínimo desde 09 de dezembro de 2022.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

"Rally" abranda e Wall Street negoceia morna em dia de contas da Nvidia

Wall Street arrancou a sessão desta quarta-feira com ganhos moderados, num momento em que o sentimento otimista que tomou conta dos mercados no início da semana devido ao acordo comercial entre os EUA e a UE começa agora a abrandar. 

Os investidores estão mais cautelosos, à espera dos resultados trimestrais da gigante de inteligência artificial, a Nividia, a serem divulgados após o fecho dos mercados, assim como da ata da última reunião da Reserva Federal.

Na abertura, o S&P 500 somava 0,15% para os 5.930,32 pontos, enquanto o Nasdaq Composite saltava 0,2% para 19.237,32 pontos e o Dow Jones subia 0,05% para 42.364,91 pontos.

As ações dos EUA estão a caminho de ganhos mensais robustos: o S&P 500 e o Nasdaq estão prestes a apresentar o melhor desempenho mensal desde novembro de 2023, à boleia da redução das preocupações com o comércio global, os lucros empresariais otimistas e os dados da inflação moderados. Todos estes fatores alimentaram o apetite pelo risco. O S&P 500 está agora cerca de 4% abaixo do recorde de fecho que atingiu a 19 de fevereiro. 

A expectativa do mercado é que a receita da Nvidia dispare 66,2% no primeiro trimestre, de acordo com dados compilados pela LSEG. Num ano em que a guerra das tarifas de Trump provocou uma volatilidade significativa no mercado, há uma grande expetativa em torno dos ganhos da líder em IA.

"Os resultados da Nvidia vão ser realmente significativos", disse Justin Onuekwusi, da St James's Place, à Bloomberg. "O facto de os investidores olharem para a empresa como um evento mostra a dimensão dela", considerou. 

"Há uma tendência de 'esperar para ver' os lucros da Nvidia de hoje à noite, que se tornaram um dos grandes impulsionadores do mercado macro, tanto por causa da alavancagem do comércio e do tema de IA, como por causa das ligações com o comércio global", disse Ross Mayfield, estratega da Baird, à Reuters. As ações da fabricante de semicondutores sobem 3,2%.

Petróleo volta aos ganhos com reuniões da OPEP+ em foco

Os preços do petróleo voltaram aos ganhos e estão a avançar mais de 1% esta quarta-feira, enquanto os mercados antecipam um aumento de produção por parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), a ser anunciada num encontro do cartel este sábado. 

Antes disso, esta quarta-feira a OPEP+ vai reunir-se online para rever as quotas de produção para este ano e para o próximo. Os membros do Conselho de Ministros da Rússia, membro da Organização, estiveram em conversações preliminares na semana passada sobre um grande aumento da produção pelo terceiro mês consecutivo, aumentando as apostas do mercado neste cenário. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 1,48% para os 61,79 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – pula 1,28% para os 64,91 dólares por barril.

O aumento da produção pela OPEP alimentou os receios de excesso de oferta e a pressão sobre os preços. "O otimismo em relação às tarifas está a ser contrabalançado pelas expectativas de um novo aumento de 400 mil barris por dia da OPEP+, que parece já ter sido incorporado nos preços", afirmou Ole Hansen, responsável pela estratégia de matérias-primas do Saxo Bank, à Bloomberg. O Goldman Sachs prevê que a OPEP+ manterá a produção estável após o aumento em julho.

O analista acrescenta ainda que "a ameaça de sanções adicionais contra a Rússia também está a receber alguma atenção, apoiando os preços". 

Ouro na linha de água mas segura fasquia dos 3.300 dólares

Os preços do ouro estão a negociar na linha de água esta quarta-feira, somando ganhos ligeiros após dois dias em queda. Sem grandes catalisadores, o mercado segue focado na ata da última reunião de política monetária da Reserva Federal, prevista para o final do dia.

Esta reunião ocorreu numa altura em que as preocupações com as tensões comerciais se acumulavam, após o anúncio de Donald Trump, no início de abril, de tarifas recíprocas. Algumas das tarifas mais agressivas foram flexibilizadas entretanto ou adiadas.

O metal amarelo sobe 0,06% para 3.303 dólares por onça e, desde o início do ganho, já valorizou 26%. 

"Os mercados mantiveram-se globalmente calmos, com os investidores a adotarem uma postura cautelosa antes da divulgação de vários dados económicos relevantes. Entre os destaques estão as atas mais recentes da Reserva Federal (FOMC), a serem divulgadas ainda hoje, bem como os números do PIB dos EUA e o índice PCE de inflação — o indicador de inflação preferido da Fed — ambos com publicação prevista até ao final da semana", explicou Ricardo Evangelista, CEO daActivTrades, numa nota a que o Negócios teve acesso. 

Dólar ainda brilha após acordos comerciais. Iene desliza

O dólar norte-americano está a registar valorizações pelo segundo dia consecutivo, devido ao otimismo que se vive nos mercados de que os acordos comerciais dos EUA com os principais parceiros vão melhorar as perspetivas económicas da América.

Donald Trump anunciou no início da semana que irá adiar a imposição de tarifas de 50% à União Europeia até 9 de julho, duas semanas depois de ter chegado também a um acordo temporário com a China. 

"A rápida reversão das ameaças das tarifas contra a Europa reforçou o apetite pelo risco e reduziu a negatividade sobre a trajetória de crescimento dos EUA, dando impulso ao dólar", disse Karl Schamotta, da Corpay, à Reuters.

Assim, o euro cai 0,36% para 1,1287 dólares e, face à divisa nipónica, o dólar soma 0,49% para 145,03 ienes. O iene segue a tendência desta terça-feira, quando caiu mais de 1%, após o Governo ter registado uma fraca procura por obrigações a 40 anos.

A Reserva Federal vai divulgar a ata da reunião de 6 e 7 de maio esta quarta-feira, embora seja pouco provável que traga grandes surpresas para o mercado. A Fed manteve as taxas inalteradas e afirmou que os riscos de uma subida da inflação e do desemprego ganharam terreno.

A confiança do consumidor norte-americano de maio foi mais alta do que o esperado e reforçaram a teoria de que a economia dos EUA continua sólida e, até que haja sinais claros de desaceleração, espera-se que o banco central priorize as preocupações com a inflação nas decisões de política monetária.

Juros da dívida soberana da Zona Euro agravam-se

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, depois dos alívios substanciais registados na sessão anterior. A procura por obrigações japonesas a longo prazo voltou a desiludir, com os investidores a continuarem de pé atrás com a sustentabilidade das contas públicas do país, o que causou grande pressão sob as maturidades mais longas por todo o mundo.

O impacto também se faz sentir nas "yields" de menor prazo, com os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, de referência para a Zona Euro, a avançarem 2,3 pontos base para 2,552% e os das obrigações francesas a subirem 2 pontos para 3,221%.

Já nos países da Europa do sul, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade agravaram-se em 1,9 pontos base para 3,035%, enquanto a "yield" das obrigações espanholas a dez anos cresceu 2 pontos para 3,152%. Por sua vez, os juros da dívida italiana ganharam também 1,8 pontos para 3,534%.

Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas saltou 6,1 pontos base para 4,725% e a das "Treasuries" norte-americanas acelerou 4,6 pontos para 4,489%.

Europa pintada de vermelho. Investidores cautelosos quanto à política orçamental dos EUA

Os principais índices europeus voltaram às perdas e terminaram no vermelho, à exceção de Milão, que avançou, ainda assim, de forma modesta. As atenções estão centradas na apresentação de resultados da norte-americana Nvidia, ao mesmo tempo que os investidores esperam por mais desenvolvimentos em relação ao debate sobre o défice orçamental dos Estados Unidos, que começa a preocupar os analistas. No Congresso dos EUA, debatem-se os cortes de impostos propostos por Donald Trump.

"A divulgação dos resultados da Nvidia será um 'check' importante para os mercados, devido às mensagens implícitas para a procura de inteligência artificial de forma mais ampla", explicou Daniel Murray, CEO da EFG Asset Management, à Bloomberg.

O Stoxx 600, "benchmark" da negociação europeia, desvalorizou 0,61% para 548,93 pontos, com o setor do retalho e o dos "basic resources" a registarem o pior desempenho entre os pares europeus. Já as ações ligadas ao setor automóvel e ao de imobiliário estão a impedir quedas mais acentuadas do principal índice da região.

Entre as restantes principais praças da Europa ocidental, Frankfurt caiu 0,78%, Madrid e Amesterdão cederam 0,98% e 0,61%, respetivamente. Já Londres perdeu 0,59% e Paris cedeu 0,5%. 

Algumas fabricantes de automóveis alemãs, incluindo a BMW, a Mercedes-Benz e a Volkswagen estão em negociações com Washington sobre um possível acordo das tarifas. As empresas somaram 4,3%, 2,7% e 1,15%, respetivamente. 

A Stellantis perdeu 2,2% após ter nomeado Antonio Filosa como diretor executivo. 

O retalho foi dos setores mais pressionados, com a Kingfisher a deixar os investidores desapontados por não ter melhorado as perspectivas de lucro anual, e acabou por cair 3,55%. Já a Greggs perdeu 3,5% após a revisão em baixa da recomendação pelo UBS.

A Novo Nordisk, a cotada mais valiosa da Europa, pesou no "benchmark" ao recuar 2,4%.  

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