Fecho dos mercados: Bolsas europeias sobem e petróleo avança quase 4%

O petróleo está a subir quase 4%, após ter sido divulgado que a Arábia Saudita e a Rússia terão chegado a acordo para congelar a oferta. As produtoras de matérias-primas ganham em bolsa, impulsionando o índice europeu.
petróleo
Bloomberg
Vera Ramalhete 12 de Abril de 2016 às 17:34

Os mercados em números

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PSI-20 subiu 0,69% para 4.911,90 pontos

Stoxx 600 subiu 0,53% para 334,64 pontos

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S&P 500 valoriza 0,74% para 2.057,01 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 2,9 pontos base para 3,442%

Euro recua 0,16% para 1,1390 dólares

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Petróleo sobe 3,64% para 44,39 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias com ganhos ligeiros

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As principais bolsas europeias encerraram com ganhos ligeiros, avançando pela terceira sessão consecutiva. O Stoxx 600 avançou 0,53%, numa sessão em que oscilou entre ganhos e perdas. As produtoras de matérias-primas lideraram os ganhos, numa sessão de subida do preço do petróleo nos mercados internacionais. A banca e o retalho travaram as valorizações registadas no início da sessão. Entre os índices de referência, o Dax alemão destacou-se, ao apreciar 0,81%.

A Grécia e Itália contrariaram a tendência das pares e caíram mais de 1%. A praça de Atenas recuou no dia em que os credores e as autoridades gregas interromperam por uma semana as negociações para a implementação de mais reformas na economia e a de Milão pressionada por quedas do sector financeiro depois de ser anunciada a constituição de um fundo para lidar com o malparado.

Em Lisboa, o PSI-20 também somou 0,69%, pela terceira sessão consecutiva. O índice encerrou a sessão com 11 cotadas em alta, seis em queda e uma inalterada. A Galp Energia que apreciou 2,69% para 11,45 euros, foi a cotada que mais apoiou os ganhos do PSI-20. O BCP também contribuiu com uma subida de 2,11% para 0,0339 euros. 

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Prémio de risco da dívida recua

Os juros da dívida portuguesa avançaram, acompanhando a tendência de subida das obrigações da Zona Euro. Ainda assim o prémio de risco caiu. A "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subiu 2,9 pontos para 3,442%. Na Alemanha, os juros das "bunds" apreciaram 5,4 pontos para 0,165%. Esta subida de maior dimensão fez cair o prémio de risco para 327,8 pontos.

 

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Euribor afasta-se de mínimo

A Euribor a três meses subiu de -0,251%, o actual mínimo histórico fixado na sessão anterior, para -0,249%. A taxa a seis meses, pelo contrário, recuou de -0,133% para -0,136%. A Euribor a nove meses caiu de -0,072% para -0,073%. No prazo a 12 meses, o indexante caiu de -0,011% para -0,012%.

 

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Euro abaixo de 1,14 dólares

A moeda única está a depreciar 0,16% para 1,1390 dólares, após duas sessões de ganhos, afastando-se assim de máximos de Outubro. O euro volta assim a negociar abaixo da fasquia de 1,14 dólares. A divisa norte-americana segue assim a recuperar das quedas da sessão anterior. Mas os investidores continuam a apontar para uma desvalorização do dólar. A aposta dos fundos de cobertura de risco na nota verde caiu para o valor mais baixo em quase dois anos, depois da presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA ter reforçado que será cautelosa a subir os juros no país.

Petróleo sobe com sinais de acordo

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O petróleo está a avançar mais de 3% nos mercados internacionais, impulsionado pelas notícias de um entendimento para congelar a produção da matéria-prima entre a Rússia e a Arábia Saudita. Os dois países terão conversado esta terça-feira, em antecipação da reunião de grandes produtores em Doha, que se irá realizar este domingo. Segundo a Interfax, que cita uma "fonte diplomática informada", os dois países terão chegado a um entendimento para congelar a oferta, mesmo que o Irão não participe no acordo. A previsão da queda da produção de petróleo de xisto nos EUA para um mínimo de 2014, em Maio, pelo departamento de Energia norte-americano estava já a impulsionar os preços.

 

O Brent está a valorizar 3,64% para 44,39 dólares por barril, máximos deste ano. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 3,22% para 41,66 dólares por barril.

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Minério de ferro aproxima-se dos 60 dólares

O minério de ferro está a valorizar 4,59% para 59,22 dólares por tonelada métrica, o valor mais elevado num mês. Aproxima-se assim dos 60 dólares, ao avançar mais de 4% pela segunda sessão consecutiva. As compras do minério na China avançaram, contrariando a expectativa dos analistas de uma queda pelo quarto ano consecutivo. O aumento das compras do maior consumidor a nível mundial impulsionou os preços nos mercados internacionais.

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Destaques do dia

 

Arábia Saudita e Rússia já terão acordo. Petróleo dispara. A Interfax diz que os dois países chegaram a um entendimento, ainda antes da reunião que terá lugar em Doha, no Qatar. O petróleo está a disparar, estando acima dos 40 dólares em Londres e em Nova Iorque.

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"Tax Free": 8 funcionários do Fisco, 4 contabilistas, 2 empresários e 1 advogado detidos. A PJ deteve esta manhã 15 pessoas no âmbito da Operação "Tax Free" que investiga suspeitas de corrupção dentro do Fisco. As práticas vão desde a falsificação do cadastro de contribuintes até à venda de dados.

 

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Schäuble acusa BCE de causar "enormes problemas" a bancos e pensionistas alemães. O ministro alemão das Finanças aponta o dedo à política de baixas taxas de juro do BCE que dificultam a vida a bancos e cidadãos alemães. E pede reformas estruturais e menos burocracia em vez de dinheiro mais barato.

 

FMI: Zona Euro desacelera com todos os clientes de Portugal a perder gás. Não obstante antecipar-se a continuação de petróleo e crédito barato, nenhum grande país do euro escapou ao corte nas respectivas previsões de crescimento.

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"Hedge funds" reduzem aposta no dólar para mínimos de dois anos. Os especuladores estão a reduzir a aposta na subida do dólar, perante os sinais de um ciclo de normalização de taxas gradual nos EUA.

 

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O que vai acontecer amanhã

Livro Bege da Fed. A Reserva Federal dos EUA publica o Livro Bege, com relatórios económicos que servirão de apoio na decisão sobre os juros de referência na próxima reunião do Comité Federal do Mercado Aberto.

Resultados do JP Morgan. O JP Morgan apresenta resultados do primeiro trimestre.

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Comércio na China. A China divulga o saldo da balança comercial, em Março.

  1. OPEP. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publica o relatório mensal sobre o mercado petrolífero.

Indústria da Zona Euro. O Eurostat divulga a evolução da produção industrial, em Fevereiro.

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  1. INE. O Instituto Nacional de Estatística divulga a actividade dos transportes, no quarto trimestre de 2015

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